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24/03/2005
-
14h51
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
A Petrobras anunciou hoje um acordo para a compra de uma usina termelétrica no Ceará, conhecida no mercado como "TermoLuma", em referência a modelo Luma de Oliveira, ex-mulher do empresário Eike Batista, sócio da empresa MPX, dona do empreendimento.
Pelo acordo, a estatal vai pagar US$ 137 milhões, incluindo as dívidas da TermoCeará e a parcela de US$ 5 milhões já depositada em juízo. A expectativa da Petrobras é concluir a operação em três meses ou antes.
No início da disputa judicial com a MPX, a Petrobras queria adquirir a termelétrica por US$ 127 milhões. Batista pedia US$ 170 milhões. Sem o acordo anunciado hoje, o impasse corria o risco de parar em um comitê arbitral internacional.
O acordo entre a Petrobras e a MPX prevê a suspensão de processos judiciais em curso. Para acabar com o litígio, as duas já assinaram um termo de compromisso ("term sheet").
"A finalização dessas negociações faz parte da estratégia da companhia para o setor de energia que prevê o aumento de sua capacidade de geração térmica, somente através da conclusão de projetos em andamento ou por aquisição que signifique redução de pagamentos contingenciais", cita nota da Petrobras.
Batalha judicial
Batista é dono de 51% da MPX, empresa dona da térmica. Os outros 49% são do sócio americano MDU. Fechado em 2002, logo após a crise de energia, o contrato prevê que a Petrobras forneça gás para abastecer a térmica e fique com 50% da receita obtida com a energia vendida.
Mas a estatal assumiu os custos de operação da TermoCeará, que está sem produzir porque não há demanda. O que parecia um bom negócio num cenário de falta de energia se converteu em prejuízo para a estatal. Atualmente, há sobra de energia hidrelétrica, cujos preços são mais competitivos do que os das térmicas.
No início, a Petrobras tentou renegociar o contrato, sem sucesso. O caso foi parar na Justiça. No mês passado, a MPX obteve vitória na Justiça ao derrubar liminar que dava à estatal o direito de pagar em juízo cerca de R$ 14 milhões mensais que a companhia deve à TermoCeará.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a "TermoLuma"
Petrobras fecha acordo para a compra da "TermoLuma"
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da Folha Online
A Petrobras anunciou hoje um acordo para a compra de uma usina termelétrica no Ceará, conhecida no mercado como "TermoLuma", em referência a modelo Luma de Oliveira, ex-mulher do empresário Eike Batista, sócio da empresa MPX, dona do empreendimento.
Pelo acordo, a estatal vai pagar US$ 137 milhões, incluindo as dívidas da TermoCeará e a parcela de US$ 5 milhões já depositada em juízo. A expectativa da Petrobras é concluir a operação em três meses ou antes.
No início da disputa judicial com a MPX, a Petrobras queria adquirir a termelétrica por US$ 127 milhões. Batista pedia US$ 170 milhões. Sem o acordo anunciado hoje, o impasse corria o risco de parar em um comitê arbitral internacional.
O acordo entre a Petrobras e a MPX prevê a suspensão de processos judiciais em curso. Para acabar com o litígio, as duas já assinaram um termo de compromisso ("term sheet").
"A finalização dessas negociações faz parte da estratégia da companhia para o setor de energia que prevê o aumento de sua capacidade de geração térmica, somente através da conclusão de projetos em andamento ou por aquisição que signifique redução de pagamentos contingenciais", cita nota da Petrobras.
Batalha judicial
Batista é dono de 51% da MPX, empresa dona da térmica. Os outros 49% são do sócio americano MDU. Fechado em 2002, logo após a crise de energia, o contrato prevê que a Petrobras forneça gás para abastecer a térmica e fique com 50% da receita obtida com a energia vendida.
Mas a estatal assumiu os custos de operação da TermoCeará, que está sem produzir porque não há demanda. O que parecia um bom negócio num cenário de falta de energia se converteu em prejuízo para a estatal. Atualmente, há sobra de energia hidrelétrica, cujos preços são mais competitivos do que os das térmicas.
No início, a Petrobras tentou renegociar o contrato, sem sucesso. O caso foi parar na Justiça. No mês passado, a MPX obteve vitória na Justiça ao derrubar liminar que dava à estatal o direito de pagar em juízo cerca de R$ 14 milhões mensais que a companhia deve à TermoCeará.
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