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25/08/2005
-
10h15
da Folha Online
A Policia Federal deflagrou hoje a "Operação Pégasus" para desmantelar a maior quadrilha brasileira especializada em invadir contas bancárias por meio da internet. Cerca de 85 pessoas já foram presas de um total de 105 mandados de prisão expedidos pela Justiça.
A ação acontece simultaneamente nos Estados de Goiás, Pará, Distrito Federal, Tocantins, Maranhão, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo.
Os fraudadores já causam prejuízos a correntistas de todas as grandes instituições bancárias do país desde 2001 e alguns deles já foram presos em outras operações realizadas pela PF.
Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal de Goiás. Apenas nesse Estado, onde está concentrada a base da quadrilha, 410 policiais federais cumprem mais de 126 mandados judiciais, entre buscas e prisões temporárias e preventivas.
As investigações começaram há quatro meses e são desdobramento das operações Cash Net (2001), Cavalo de Troia 1(2003) e Cavalo de Tróia 2(2004). Diversos dos investigados já presos anteriormente pelo mesmo crime resolveram atuar em Goiás, onde passaram a recrutar outras pessoas para alugar suas contas para a quadrilha. Esse "aluguel" é remunerado por quantias que variam de R$ 100 a R$ 500.
Segundo as investigações, a subtração de valores das contas acontece de três formas: transferência de valores depois sacados das contas alugadas, aquisição de produtos e serviços comercializados pela internet ou pagamento de boletos diversos (impostos, taxas, produtos ou serviços).
Em todos os casos, os débitos acontecem sempre em contas das vítimas que tiveram suas senhas capturadas pela internet através do programa conhecido como "cavalo de tróia" ou "trojan". Já há indícios do uso desses programas, criados pela quadrilha no Brasil, em países como Estados Unidos e Venezuela.
Os estelionatários descobrem os dados bancários invadindo o computador da vítima através do programa "trojan", geralmente via e-mail. O programa se encarrega de mandar as informações para um servidor, ou caixa de e-mail dos criminosos.
Um dos golpes mais comuns é enviar uma mensagem alertando sobre possíveis invasões de contas, registro como inadimplentes na Serasa ou irregularidades na Receita Federal. Nessas mensagens são pedidos para que os usuários digitem seus dados: banco, agência, conta e senha.
Outra forma comum de ação é a criação das chamadas páginas clone das instituições bancárias, para onde os usuários são direcionados quando tentam acessar a página do seu banco.
Todos esses métodos tentam "pescar" a senha dos usuários, o que vem sendo chamado pela comunidade virtual de "phishing", expressão resultante das palavras "password" (senha) e "fishing" (pesca).
Até o momento, não foi identificado nenhum ataque direto aos sistemas bancários.
Essa é a primeira grande operação coordenada pela recém-criada DRCC (Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos) da Polícia Federal.
Os acusados respondem pelos crimes de furto qualificado (artigo 155 do Código Penal), formação de quadrilha (artigo 288 do mesmo código) e violação do sigilo bancário (artigo 10 da Lei Complementar 105/2001). As penas podem chegar a oito anos de prisão.
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A Policia Federal deflagrou hoje a "Operação Pégasus" para desmantelar a maior quadrilha brasileira especializada em invadir contas bancárias por meio da internet. Cerca de 85 pessoas já foram presas de um total de 105 mandados de prisão expedidos pela Justiça.
A ação acontece simultaneamente nos Estados de Goiás, Pará, Distrito Federal, Tocantins, Maranhão, Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo.
Os fraudadores já causam prejuízos a correntistas de todas as grandes instituições bancárias do país desde 2001 e alguns deles já foram presos em outras operações realizadas pela PF.
Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal de Goiás. Apenas nesse Estado, onde está concentrada a base da quadrilha, 410 policiais federais cumprem mais de 126 mandados judiciais, entre buscas e prisões temporárias e preventivas.
As investigações começaram há quatro meses e são desdobramento das operações Cash Net (2001), Cavalo de Troia 1(2003) e Cavalo de Tróia 2(2004). Diversos dos investigados já presos anteriormente pelo mesmo crime resolveram atuar em Goiás, onde passaram a recrutar outras pessoas para alugar suas contas para a quadrilha. Esse "aluguel" é remunerado por quantias que variam de R$ 100 a R$ 500.
Segundo as investigações, a subtração de valores das contas acontece de três formas: transferência de valores depois sacados das contas alugadas, aquisição de produtos e serviços comercializados pela internet ou pagamento de boletos diversos (impostos, taxas, produtos ou serviços).
Em todos os casos, os débitos acontecem sempre em contas das vítimas que tiveram suas senhas capturadas pela internet através do programa conhecido como "cavalo de tróia" ou "trojan". Já há indícios do uso desses programas, criados pela quadrilha no Brasil, em países como Estados Unidos e Venezuela.
Os estelionatários descobrem os dados bancários invadindo o computador da vítima através do programa "trojan", geralmente via e-mail. O programa se encarrega de mandar as informações para um servidor, ou caixa de e-mail dos criminosos.
Um dos golpes mais comuns é enviar uma mensagem alertando sobre possíveis invasões de contas, registro como inadimplentes na Serasa ou irregularidades na Receita Federal. Nessas mensagens são pedidos para que os usuários digitem seus dados: banco, agência, conta e senha.
Outra forma comum de ação é a criação das chamadas páginas clone das instituições bancárias, para onde os usuários são direcionados quando tentam acessar a página do seu banco.
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