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29/08/2002
-
10h48
ROBERTO CANDELORI
da Folha de S.Paulo
Localizado no sudeste da África, o Zimbábue do presidente Mugabe retorna ao noticiário devido à invasão de centenas de fazendas de proprietários brancos. Aqueles que se recusam a entregar suas terras são perseguidos, agredidos e presos. Mais de uma dezena de fazendeiros já foram assassinados. Mugabe justifica-se afirmando que está devolvendo à população negra as terras roubadas de seus ancestrais pela elite branca.
A colônia britânica Rodésia do Sul, atual Zimbábue, tornou-se independente apenas em 1980. Durante o processo de descolonização africana, rebelou-se contra a metrópole, defendendo a manutenção do regime colonial. Ian Smith, líder da minoria branca, proclamou unilateralmente a emancipação do país e instalou um regime segregacionista. Na época, a Rodésia possuía uma população de 4 milhões de nativos e 200 mil brancos.
No final dos anos 60, grupos rebeldes passaram a combater o regime. O atual presidente destacou-se nesse processo como líder da resistência. Robert Gabriel Mugabe, da União Nacional Africana do Zimbábue (Zanu), foi considerado herói da guerra civil que durou mais de dez anos e deixou um saldo de 30 mil mortos. Em 1979, Mugabe e seus seguidores marxistas assinaram, o Acordo de Lancaster House, que deu direito ao voto a toda a população da Rodésia e garantiu as propriedades da minoria branca.
Em 1980, Mugabe ganhou as eleições e mudou o nome do país para Zimbábue. Prometendo uma transição pacífica, alterou a Constituição em 1987 para poder se reeleger presidente, o que ocorreu em 1990 e em 1996. Em março último, foi novamente reeleito em meio a acusações de fraude eleitoral. Após 22 anos no poder, afirma estar fazendo justiça ao confiscar para reforma agrária as propriedades de 4.000 famílias brancas, que detêm cerca de 70% das terras aráveis. Tudo indica que a terra será distribuída _na lei ou na marra.
Roberto Candelori é coordenador da Cia de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo. Email: rcandelori@uol.com.br
Leia mais:
Erramos: Atualidades: Zimbábue confisca terras de fazendeiros brancos
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Atualidades: Zimbábue confisca terras de fazendeiros brancos
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da Folha de S.Paulo
Localizado no sudeste da África, o Zimbábue do presidente Mugabe retorna ao noticiário devido à invasão de centenas de fazendas de proprietários brancos. Aqueles que se recusam a entregar suas terras são perseguidos, agredidos e presos. Mais de uma dezena de fazendeiros já foram assassinados. Mugabe justifica-se afirmando que está devolvendo à população negra as terras roubadas de seus ancestrais pela elite branca.
A colônia britânica Rodésia do Sul, atual Zimbábue, tornou-se independente apenas em 1980. Durante o processo de descolonização africana, rebelou-se contra a metrópole, defendendo a manutenção do regime colonial. Ian Smith, líder da minoria branca, proclamou unilateralmente a emancipação do país e instalou um regime segregacionista. Na época, a Rodésia possuía uma população de 4 milhões de nativos e 200 mil brancos.
No final dos anos 60, grupos rebeldes passaram a combater o regime. O atual presidente destacou-se nesse processo como líder da resistência. Robert Gabriel Mugabe, da União Nacional Africana do Zimbábue (Zanu), foi considerado herói da guerra civil que durou mais de dez anos e deixou um saldo de 30 mil mortos. Em 1979, Mugabe e seus seguidores marxistas assinaram, o Acordo de Lancaster House, que deu direito ao voto a toda a população da Rodésia e garantiu as propriedades da minoria branca.
Em 1980, Mugabe ganhou as eleições e mudou o nome do país para Zimbábue. Prometendo uma transição pacífica, alterou a Constituição em 1987 para poder se reeleger presidente, o que ocorreu em 1990 e em 1996. Em março último, foi novamente reeleito em meio a acusações de fraude eleitoral. Após 22 anos no poder, afirma estar fazendo justiça ao confiscar para reforma agrária as propriedades de 4.000 famílias brancas, que detêm cerca de 70% das terras aráveis. Tudo indica que a terra será distribuída _na lei ou na marra.
Roberto Candelori é coordenador da Cia de Ética, professor da Escola Móbile e do Objetivo. Email: rcandelori@uol.com.br
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