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15/05/2007
-
10h08
LUCIENE ANTUNES
Colaboração para a Folha de S.Paulo
O desafio de escolher (e acertar) somente uma entre as opções que vestibulandos cogitam ao mesmo tempo é uma das razões para a evasão durante o ensino superior.
"Somos seres multipotenciais, ou seja, temos habilidades e interesses por diversas áreas. O cruel é que, quando prestamos vestibular, temos que escolher apenas uma", diz Maria Beatriz Loureiro de Oliveira, coordenadora do projeto de orientação profissional da Unesp de Araraquara.
No ano passado, Fabio Meirelles Alves, 21, procurou ajuda do grupo. No segundo ano de engenharia elétrica na USP de São Carlos, ele afirma que não suportava mais o curso. Como Fabio tinha boa aptidão na área de exatas, escolheu prestar engenharia, apostando na estabilidade financeira que poderia conquistar depois de formado.
"Logo nos primeiros meses de faculdade percebi que aquilo não ia dar certo. Não me via trabalhando na área, mas achava que ainda era muito cedo para decidir parar".
Nas poucas aulas teóricas, Fabio percebeu que também tinha interesse por humanidades. Com resistência dos pais, decidiu recomeçar, em maio de 2006. Voltou para Ribeirão Preto, onde morava com a família, fez cursinho novamente e ingressou em psicologia na USP Ribeirão no começo deste ano.
De acordo com Maria Beatriz, da Unesp, em seu grupo, o percentual de pessoas que chegam a mudar de curso é muito pequeno, especialmente nas universidades públicas. "Mas os jovens que ficam em dúvida são a grande maioria", afirma.
A psicopedagoga atende grupos de 150 jovens por ano, entre vestibulandos e recém-ingressos em cursos superiores da região. "Cerca de 40% dos vestibulandos orientados se inscrevem simultaneamente para vestibulares de diferentes carreiras", afirma.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre ensino superior
"Multipotencialidade" dificulta escolha
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Colaboração para a Folha de S.Paulo
O desafio de escolher (e acertar) somente uma entre as opções que vestibulandos cogitam ao mesmo tempo é uma das razões para a evasão durante o ensino superior.
"Somos seres multipotenciais, ou seja, temos habilidades e interesses por diversas áreas. O cruel é que, quando prestamos vestibular, temos que escolher apenas uma", diz Maria Beatriz Loureiro de Oliveira, coordenadora do projeto de orientação profissional da Unesp de Araraquara.
No ano passado, Fabio Meirelles Alves, 21, procurou ajuda do grupo. No segundo ano de engenharia elétrica na USP de São Carlos, ele afirma que não suportava mais o curso. Como Fabio tinha boa aptidão na área de exatas, escolheu prestar engenharia, apostando na estabilidade financeira que poderia conquistar depois de formado.
"Logo nos primeiros meses de faculdade percebi que aquilo não ia dar certo. Não me via trabalhando na área, mas achava que ainda era muito cedo para decidir parar".
Nas poucas aulas teóricas, Fabio percebeu que também tinha interesse por humanidades. Com resistência dos pais, decidiu recomeçar, em maio de 2006. Voltou para Ribeirão Preto, onde morava com a família, fez cursinho novamente e ingressou em psicologia na USP Ribeirão no começo deste ano.
De acordo com Maria Beatriz, da Unesp, em seu grupo, o percentual de pessoas que chegam a mudar de curso é muito pequeno, especialmente nas universidades públicas. "Mas os jovens que ficam em dúvida são a grande maioria", afirma.
A psicopedagoga atende grupos de 150 jovens por ano, entre vestibulandos e recém-ingressos em cursos superiores da região. "Cerca de 40% dos vestibulandos orientados se inscrevem simultaneamente para vestibulares de diferentes carreiras", afirma.
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