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07/07/2001
-
22h02
Para o coordenador educacional Mario Angelo Braggio, professores devem adotar procedimentos específicos para facilitar a aprendizagem dos disléxicos.
De acordo com ele, não é recomendável que o uso do quadro negro seja excessivo, já que portadores do distúrbio têm dificuldade para ler. Braggio recomenda ainda que os disléxicos levem gravadores para as aulas.
O coordenador trabalha no Externato Nossa Senhora Menina, escola particular na Mooca, zona leste de São Paulo. Dos 1.100 alunos, 16 têm a dislexia diagnosticada.
Segundo Braggio, eles estudam com os demais alunos e conseguem acompanhar as aulas. Isso, afirma, se deve ao fato de a escola ter adaptado provas e a própria maneira de dar aula, em função dos disléxicos.
"No lugar de explicar a ordem dos planetas, mostre para o aluno um desenho. Ele vai entender muito mais facilmente", recomenda. Para avaliar os disléxicos, a escola prioriza as provas orais.
Em uma avaliação da escola, afirma Braggio, uma das questões pedia para os alunos explicarem o que era o movimento de rotação da Terra. Um deles, que tinha o distúrbio, rodou em torno de si para demonstrar.
"Alguns alunos poderiam ter decorado o que era e não terem entendido, como ele, que a Terra gira em torno de si mesma", afirma.
Quando não há outra possibilidade senão a prova escrita, ele sugere o uso de uma linguagem clara e objetiva.
O coordenador admite que não é fácil diagnosticar a dislexia em sala de aula, principalmente pelo fato de o distúrbio não ser visível.
"Mas eles não são pessoas anormais. Um canhoto é anormal? Não, apenas funciona de outra maneira, mas tem todas as possibilidades de ser bem-sucedido. Só vai ter que se adaptar ao mundo dos destros", afirma.
Segundo o neuropediatra Luiz Celso Pereira Vilanova, é raro que haja preocupação com o distúrbio nas escolas públicas brasileiras, principalmente pelo fato de o país ter uma grande quantidade de analfabetos.
"Quanto mais o país valoriza a leitura, maior será o número de disléxicos. Os analfabetos podem nunca saber que têm o problema."
Educador defende aulas especiais para disléxicos
da Folha de S.PauloPara o coordenador educacional Mario Angelo Braggio, professores devem adotar procedimentos específicos para facilitar a aprendizagem dos disléxicos.
De acordo com ele, não é recomendável que o uso do quadro negro seja excessivo, já que portadores do distúrbio têm dificuldade para ler. Braggio recomenda ainda que os disléxicos levem gravadores para as aulas.
O coordenador trabalha no Externato Nossa Senhora Menina, escola particular na Mooca, zona leste de São Paulo. Dos 1.100 alunos, 16 têm a dislexia diagnosticada.
Segundo Braggio, eles estudam com os demais alunos e conseguem acompanhar as aulas. Isso, afirma, se deve ao fato de a escola ter adaptado provas e a própria maneira de dar aula, em função dos disléxicos.
"No lugar de explicar a ordem dos planetas, mostre para o aluno um desenho. Ele vai entender muito mais facilmente", recomenda. Para avaliar os disléxicos, a escola prioriza as provas orais.
Em uma avaliação da escola, afirma Braggio, uma das questões pedia para os alunos explicarem o que era o movimento de rotação da Terra. Um deles, que tinha o distúrbio, rodou em torno de si para demonstrar.
"Alguns alunos poderiam ter decorado o que era e não terem entendido, como ele, que a Terra gira em torno de si mesma", afirma.
Quando não há outra possibilidade senão a prova escrita, ele sugere o uso de uma linguagem clara e objetiva.
O coordenador admite que não é fácil diagnosticar a dislexia em sala de aula, principalmente pelo fato de o distúrbio não ser visível.
"Mas eles não são pessoas anormais. Um canhoto é anormal? Não, apenas funciona de outra maneira, mas tem todas as possibilidades de ser bem-sucedido. Só vai ter que se adaptar ao mundo dos destros", afirma.
Segundo o neuropediatra Luiz Celso Pereira Vilanova, é raro que haja preocupação com o distúrbio nas escolas públicas brasileiras, principalmente pelo fato de o país ter uma grande quantidade de analfabetos.
"Quanto mais o país valoriza a leitura, maior será o número de disléxicos. Os analfabetos podem nunca saber que têm o problema."
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