Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
01/09/2009 - 11h10

Arte está em exames de Enem, Unesp, UnB e FGV-Direito

Publicidade

PATRÍCIA GOMES
da Folha de S.Paulo

Além de exigir que o aluno domine as disciplinas tradicionais do ensino médio, tornou-se comum os vestibulares cobrarem também conhecimentos de arte, que são pedidos inclusive no novo Enem.

Questões sobre manifestações plásticas, cênicas e visuais e sobre música deverão ser respondidas, ao menos, pelos 4,5 milhões de estudantes inscritos no Enem e pelos candidatos de Unesp, FGV-Direito e UnB (Universidade de Brasília).

Mas não é preciso entrar em pânico. Os organizadores dos exames seletivos dizem que não serão cobrados conhecimentos específicos, mas sim capacidades interpretativas, de relacionar as artes com outras disciplinas e com o cotidiano.

Na Unesp, a disciplina foi incluída no programa neste ano, como parte de um conjunto de alterações que modificou todo o vestibular da instituição.

Também no novo Enem é a primeira vez que as artes estão explicitamente entre as matérias cobradas.

Inep e Vunesp, organizadores, respectivamente, do Enem e do exame da Unesp, dizem que o conteúdo de suas provas é baseado nos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), que orientam o currículo do ensino médio. Ou seja, não vão pedir nada além do que o aluno aprendeu na escola.

A Fuvest só cobra artes na prova de habilidades específicas.

Na FGV-Direito e na UnB, as questões de artes não são novidade. Desde o primeiro vestibular para direito na FGV, em 2004, o exame tem perguntas de artes visuais (plásticas e cinema) e literatura.

José Garcez Ghirardi, coordenador de metodologia, diz que, para a FGV, cobrar habilidades nessa área ajuda a selecionar os alunos que a instituição quer. "Eles devem ser capazes de apontar formas diferentes de construir o mundo", diz.

Uma dica para ir bem na prova de artes é estar atento às opções de lazer e cultura. "Incentivo os alunos a irem a museus, cinema, teatro", diz Augusta Pereira, professora de literatura do Cursinho do XI, que vê nos passeios uma forma de complementar o aprendizado.

Mas a coordenação do vestibular da Unesp adverte: "Conselhos como sugerir que se vejam mais filmes ou mais peças de teatro ou se visitem mais museus são ineficientes se o aluno não apresentou um desempenho satisfatório ao longo dos anos de escola, pois não o levarão a aprender o que não aprendeu no tempo devido".

O formato deixa o vestibulando Esdras dos Santos, 24, tranquilo. Candidato a arquitetura, ele dá aulas de violão e já fez vários cursos de desenho.

Esdras diz que intensificou idas a museus no último ano e, na companhia da namorada --também vestibulanda--, tem assistido a filmes relacionados a história, literatura e arte. Ele ainda usa da internet para pesquisar mais sobre os temas.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página