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28/04/2002
-
10h30
da Folha de S. Paulo
Estudo do Hospital das Clínicas de São Paulo mostra que uma nova técnica para o tratamento de miomas uterinos sintomáticos (fibromas) elimina os tumores em quase 90% dos casos, sem a necessidade de retirada do útero. Os miomas afetam 40% das mulheres em idade reprodutiva e é a causa de 90% das retiradas de útero (histerectomia).
O tratamento, chamado de embolização das artérias uterinas, consiste numa espécie de cateterismo feito na virilha, com anestesia local e sedativo ou anestesia peridural.
O cateter vai até as artérias que irrigam os miomas e injeta micropartículas de PVA, substância derivada do petróleo, obstruindo o vaso sanguíneo. Sem o "alimento", o mioma começa a regredir até desaparecer. Um aparelho de angiografia detecta os vasos que devem ser obstruídos.
O estudo feito com 50 mulheres que realizaram a embolização no ambulatório de ginecologia do HC revelou que 89% das pacientes tiveram o mioma eliminado e 91% relataram melhora das dores.
Entre os sintomas dos fibromas estão: longos períodos menstruais com fluxo de sangue aumentado, cólicas, dor no ventre, desconforto durante o ato sexual, pressão no sistema urinário e aumento do volume abdominal.
Diferentemente da miomectomia (retirada do tumor via abdominal) e histerectomia, o novo procedimento, por ser pouco invasivo, garante a integridade do útero, segundo o médico Marcos de Lorenzo Messina, 39, coordenador do estudo do HC.
Mas como ter certeza de que as micropartículas vão atingir apenas os miomas e não os vasos que irrigam todo o útero? Messina afirma que os vasos que irrigam os miomas têm um diâmetro maior, compatível com o diâmetro das micropartículas. Já os vasos que "abastecem" o útero têm um diâmetro menor, que impossibilita a passagem das partículas.
Segundo Cláudio Emílio Bonduki, 39, professor-adjunto de ginecologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), outra vantagem da embolização é que as chances de reincidência dos tumores é de menos de 10%. Na miomectomia, o índice de reincidência gira em torno de 30%.
Nova técnica elimina mioma uterino, diz estudo do HC de São Paulo
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Estudo do Hospital das Clínicas de São Paulo mostra que uma nova técnica para o tratamento de miomas uterinos sintomáticos (fibromas) elimina os tumores em quase 90% dos casos, sem a necessidade de retirada do útero. Os miomas afetam 40% das mulheres em idade reprodutiva e é a causa de 90% das retiradas de útero (histerectomia).
O tratamento, chamado de embolização das artérias uterinas, consiste numa espécie de cateterismo feito na virilha, com anestesia local e sedativo ou anestesia peridural.
O cateter vai até as artérias que irrigam os miomas e injeta micropartículas de PVA, substância derivada do petróleo, obstruindo o vaso sanguíneo. Sem o "alimento", o mioma começa a regredir até desaparecer. Um aparelho de angiografia detecta os vasos que devem ser obstruídos.
O estudo feito com 50 mulheres que realizaram a embolização no ambulatório de ginecologia do HC revelou que 89% das pacientes tiveram o mioma eliminado e 91% relataram melhora das dores.
Entre os sintomas dos fibromas estão: longos períodos menstruais com fluxo de sangue aumentado, cólicas, dor no ventre, desconforto durante o ato sexual, pressão no sistema urinário e aumento do volume abdominal.
Diferentemente da miomectomia (retirada do tumor via abdominal) e histerectomia, o novo procedimento, por ser pouco invasivo, garante a integridade do útero, segundo o médico Marcos de Lorenzo Messina, 39, coordenador do estudo do HC.
Mas como ter certeza de que as micropartículas vão atingir apenas os miomas e não os vasos que irrigam todo o útero? Messina afirma que os vasos que irrigam os miomas têm um diâmetro maior, compatível com o diâmetro das micropartículas. Já os vasos que "abastecem" o útero têm um diâmetro menor, que impossibilita a passagem das partículas.
Segundo Cláudio Emílio Bonduki, 39, professor-adjunto de ginecologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), outra vantagem da embolização é que as chances de reincidência dos tumores é de menos de 10%. Na miomectomia, o índice de reincidência gira em torno de 30%.
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