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06/04/2005
-
09h20
da Folha Online
O estudo americano "Overwork in America", que trata da sobrecarga de trabalho, aborda a relação entre empresa, empregado, resultado e qualidade de vida. Dos mais de mil entrevistados no estudo, metade relatou que tem de dar conta de tantas tarefas --e, ao mesmo tempo, atender a outras tantas solicitações--, que não consegue terminar o que começou. Nove entre dez disseram que, apesar de se dedicarem ao máximo às exigências do trabalho, sentem que os resultados nunca são bons o suficiente.
A insatisfação em relação ao próprio desempenho profissional acaba fazendo com que as pessoas levem trabalho para casa, ocupando suas horas vagas e finais de semana. Muitos, inclusive, abrem mão das férias para dar conta do recado. Conclusão: 36% confessaram estar com alto nível de estresse; 21% exibem sintomas de depressão; e 40% dizem que, no geral, a saúde não está boa.
No Brasil, a situação não é diferente. "Com as exigências do mundo globalizado, esse cenário se repete em nosso país. As pessoas estão mais sobrecarregadas, mais estressadas, menos saudáveis e mais aptas a cometer erros em suas tarefas", diz Rejane Málacco, diretora da consultoria de gestão e RH Laboredomus.
Para a consultora, "como se trabalha" é mais importante do que "quantas horas se trabalha". "Cada pessoa tem um limite. Dentro desse limite, ela deve se empenhar ao máximo em atingir resultados que a mantenham motivada, satisfeita com o próprio desempenho e, muito importante, empregada. Mas, quando ela começa a se sentir sobrecarregada e insatisfeita, pode pôr tudo a perder.
No início, demonstra mau humor e começa a ter problemas com a equipe de trabalho. Com o tempo, isso pode comprometer seu desempenho profissional e sua saúde".
Segundo Rejane, para evitar que a sobrecarga no trabalho comprometa a vida dos funcionários, é preciso garantir um sono reparador para que haja completa recuperação entre um dia e outro de trabalho, além de estabelecer pausas. Isso é comum nos esportes, mas devemos aplicar também no trabalho. Aliás, o mundo corporativo está mais competitivo que os esportes.
Ela destaca também a importância de focar os principais objetivos e cuidar para que nenhuma interferência o impeça de atingi-lo, da preservação de outros setores da vida, como reservar tempo para estar com a família, namorar, passear com amigos, praticar esportes e cuidar da saúde, e de evitar desperdício de energia. Às vezes, gastamos tempo demais com detalhes sem importância.
Há 20 anos prestando consultoria em Recursos Humanos, Rejane diz que os limites entre trabalho e vida pessoal estão cada vez mais fluidos. "Algumas empresas já descobriram a palavra flexibilidade. Além de cuidar para que o ambiente de trabalho seja o mais salutar possível, também têm adotado novos modelos de carga-horária. Há quem trabalhe quatro dias por semana e folgue três, por exemplo. Por menores que sejam as mudanças, elas normalmente representam grandes ganhos aos colaboradores".
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O estudo americano "Overwork in America", que trata da sobrecarga de trabalho, aborda a relação entre empresa, empregado, resultado e qualidade de vida. Dos mais de mil entrevistados no estudo, metade relatou que tem de dar conta de tantas tarefas --e, ao mesmo tempo, atender a outras tantas solicitações--, que não consegue terminar o que começou. Nove entre dez disseram que, apesar de se dedicarem ao máximo às exigências do trabalho, sentem que os resultados nunca são bons o suficiente.
A insatisfação em relação ao próprio desempenho profissional acaba fazendo com que as pessoas levem trabalho para casa, ocupando suas horas vagas e finais de semana. Muitos, inclusive, abrem mão das férias para dar conta do recado. Conclusão: 36% confessaram estar com alto nível de estresse; 21% exibem sintomas de depressão; e 40% dizem que, no geral, a saúde não está boa.
No Brasil, a situação não é diferente. "Com as exigências do mundo globalizado, esse cenário se repete em nosso país. As pessoas estão mais sobrecarregadas, mais estressadas, menos saudáveis e mais aptas a cometer erros em suas tarefas", diz Rejane Málacco, diretora da consultoria de gestão e RH Laboredomus.
Para a consultora, "como se trabalha" é mais importante do que "quantas horas se trabalha". "Cada pessoa tem um limite. Dentro desse limite, ela deve se empenhar ao máximo em atingir resultados que a mantenham motivada, satisfeita com o próprio desempenho e, muito importante, empregada. Mas, quando ela começa a se sentir sobrecarregada e insatisfeita, pode pôr tudo a perder.
No início, demonstra mau humor e começa a ter problemas com a equipe de trabalho. Com o tempo, isso pode comprometer seu desempenho profissional e sua saúde".
Segundo Rejane, para evitar que a sobrecarga no trabalho comprometa a vida dos funcionários, é preciso garantir um sono reparador para que haja completa recuperação entre um dia e outro de trabalho, além de estabelecer pausas. Isso é comum nos esportes, mas devemos aplicar também no trabalho. Aliás, o mundo corporativo está mais competitivo que os esportes.
Ela destaca também a importância de focar os principais objetivos e cuidar para que nenhuma interferência o impeça de atingi-lo, da preservação de outros setores da vida, como reservar tempo para estar com a família, namorar, passear com amigos, praticar esportes e cuidar da saúde, e de evitar desperdício de energia. Às vezes, gastamos tempo demais com detalhes sem importância.
Há 20 anos prestando consultoria em Recursos Humanos, Rejane diz que os limites entre trabalho e vida pessoal estão cada vez mais fluidos. "Algumas empresas já descobriram a palavra flexibilidade. Além de cuidar para que o ambiente de trabalho seja o mais salutar possível, também têm adotado novos modelos de carga-horária. Há quem trabalhe quatro dias por semana e folgue três, por exemplo. Por menores que sejam as mudanças, elas normalmente representam grandes ganhos aos colaboradores".
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