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Palanque - Primeiro turno

"Na sua opinião, de que forma o presidente e seu partido podem contribuir para acabar com atos de corrupção?"

Ciro Garotinho Lula Rui Costa Serra Zé Maria

Zé maria

Lalo de Almeida/Folha Imagem
Neste país a corrupção corre solta. Um cálculo aproximado aponta para uma perda anual de R$ 100 bilhões. Tanto os responsáveis por corrupção passiva (que aceitam benefícios) como por corrupção ativa (os que pagam para obter vantagens) não são punidos. No máximo recebem punição que não afetam seus bens e em pouco tempo voltam a usufruir de toda a regalia.

O sistema econômico e político brasileiro estão falidos. E com isso, a onda de corrupção tomou rumos alarmantes. Judiciário, Legislativo e Executivo: em todas as esferas há crimes de corrupção envolvendo do primeiro ao último escalão.

O presidente Fernando Henrique tenta se apresentar como um governo sério e não corrupto. Mas, várias denúncias já vieram à tona contra o governo federal. Não dá para esquecer o rio de dinheiro que deságua às vésperas de votações importantes no Congresso Nacional, como por exemplo a reforma da Previdência e a emenda da reeleição.

A corrupção significa um verdadeiro roubo do dinheiro público, que poderia estar sendo aplicado em solucionar questões como moradia, educação e saúde.

Acreditamos que a única arma para combater a corrupção é cadeia para os envolvidos e confisco imediato dos seus bens, atingindo o corrupto e os corruptores onde mais lhe dói: no bolso. O PSTU também quer a prisão e confisco dos bens dos sonegadores.

Por isso, o PSTU defende o fim dos segredos bancários, fiscais, comerciais e industriais para os empresários e todos os políticos.


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Em que medida as recentes turbulências e oscilações do mercado financeiro interferem na opção de voto da população?

É preciso romper com o FMI e não pagar a dívida externa

As turbulências e oscilações do mercado financeiro não se dão simplesmente por causa da indefinição de quem será o próximo presidente da República. Estas oscilações e turbulências sequer têm uma origem conjuntural, mas estrutural.

No Brasil, o dólar há muito ultrapassou a casa dos 3 reais e a dívida pública -que tem quase metade do seu montante atrelada à moeda americana- está superando 60% do PIB.

O risco-país dispara porque o mercado financeiro desconfia cada vez mais da capacidade do futuro governo, seja lá quem for, garantir a remuneração dos capitais especulativos através do pagamento religioso dos juros e parte do principal da dívida pública.

Na nossa opinião, a grave crise social é um elemento muito mais concreto que as oscilações do mercado financeiro para explicar as intenções de voto da maioria da população, que só viu sua vida piorar durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso.

Se há alguma coisa que as pesquisas de intenção de voto não conseguem maquiar é que a maioria do povo assimilou na prática as consequências da aplicação do modelo neoliberal nos últimos oito anos.

O aumento do desemprego, o arrocho dos salários, os cortes nos gastos sociais, a destruição dos serviços públicos e a privatização das estatais explicam o fato de José Serra ter hoje 40% de rejeição e não conseguir superar a barreira dos 20% das intenções de voto a três semanas das eleições.

Por outro lado, o PT e a candidatura de Lula, depositária do grande descontentamento que toma conta da maioria da população, está se comprometendo inclusive em manter o novo acordo com o FMI.

Não se pode servir a dois senhores: ou Lula se subordina à ditadura do mercado financeiro ou atende as necessidades e interesses dos trabalhadores e do povo. Desgraçadamente, o PT e Lula estão fazendo a primeira opção.

Para o PSTU, somente a partir do não pagamento da dívida externa e interna aos grandes bancos e da ruptura com o FMI e a Alca poderia se gerar recursos suficientes para resolver os graves problemas sociais do país.

Se o sr. fosse um governador de Estado e enfrentasse uma rebelião de presos, que medida tomaria para solucionar o problema?

O candidato não enviou resposta à Folha Online.

Como reduzir o desemprego com um Orçamento para 2003 que prevê a contenção de gastos nas áreas sociais?

Em primeiro lugar, o PSTU não aceitaria as imposições feitas pelo FMI de contenção de gastos nas áreas sociais. Acreditamos que, ao contrário do que determina a cartilha do FMI, é preciso ampliar os investimentos nessas áreas.

Por isso, entre as primeiras medidas para enfrentar e acabar com o desemprego seria a imediata deflagração de uma Plano de Obras Públicas Populares. O carro-chefe desse plano seria a construção de moradias populares para suprir o déficit habitacional de 5,4 milhões de moradias. Com esse plano se poderia criar milhões de empregos para a população desempregada.

O plano seria financiado pelo dinheiro do não pagamento das dívidas externa e interna. Quem pagaria a conta dessa vez não seriam os trabalhadores, mas os grandes banqueiros.

O núcleo central do plano, com as casas populares, custaria em torno de R$ 81 bilhões a preços atuais.

Aplicaríamos outros R$ 90 bilhões para obras de saneamento, com a instalação de rede de água e esgotos em bairros populares; construção de escolas e hospitais; obras contra a seca no Nordeste; ferrovias e obras de transporte urbano como metrô e os trens urbanos.

Outra medida é a redução da jornada de trabalho para 36 horas sem redução de salário. Isso permitiria absorver 6 milhões de desempregados. A estabilidade no emprego é outra medida para o combate ao desemprego.

O PSTU defende que todos os trabalhadores tenham carteira assinada, estabilidade no emprego e que seu direitos sociais sejam garantidos, tais como férias, 13º salário, descanso remunerado e jornada de trabalho regulamentar.

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