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da Folha Online
em São Paulo
Arthur Dapieze e Luiz Henrique Romanholi participaram na sexta-feira
de uma tarde de autógrafos (às 15h) do seu livro "Guia
de Rock em CD, uma Discoteca Básica", da Jorge Zahar
Editora. O volume é o terceiro número de uma coleção
que já trouxe guias sobre música clássica e
MPB. Romanholi está preparando outro livro sobre música
black.
Para o guia de rock, a dupla consumiu dois anos de pesquisas em
uma tarefa complicada.
Selecionar, no mar pop atual, o que realmente é relevante
para quem quer construir uma discoteca mínima de rock and
roll. "O critério é subjetivo, mas nós
acabamos escolhendo as bandas e discos pela atitude e postura",
afirma Dapieze.
Subjetivo demais? Um dos autores exemplifica: "Roxette, por
exemplo, não entrou. Apesar de parecer rock, não tem
a postura. Em compensação, Depeche Mode está
no livro", diz Romanholi. No entra e sai de bandas, o guia
traz 270 títulos internacionais e um apêndice de 30
álbuns brasileiros.
"Bom, e tem o Sepultura, que, apesar de ser um grupo brasileiro,
nós preferimos colocar entre os estrangeiros, já que
eles cantam em inglês", explica Dapieze. Das bandas nacionais,
não há nada sobre o recente surgimento do rock nos
anos 90, pelas mãos de Raimundos, Rappa e companhia.
"O Skank quase entrou, mas achamos melhor não apresentar
bandas dos anos 90, porque ainda não temos distanciamento
histórico para saber quem vai ter importância no futuro
ou não", afirma Dapieze. Outros nacionais simplesmente
não estão na lista porque não foram editados
pelas gravadoras em CD, como o primeiro do Capital Inicial, citado
pelos autores.
Todos os títulos escolhidos são facilmente encontráveis,
segundo os dois. "Não é um livro para iniciados.
Os CDs que estão lá podem ser encontrados facilmente
em lojas ou na Internet. Mas não são necessariamente
discos dos catálogos das gravadoras, até porque algumas
coisas nesses catálogos você não encontra nas
lojas", resume Dapieze.
(Rodrigo
Dionisio)
Leia crítica do livro
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