Esporte como festa Atletismo Esporte como sustento Ginástica Esporte como guerra Futebol Esporte como lazer Basquete Esporte como mídia Tênis Esporte como negócio Natação Da Grécia a Sydney Cronologia |
Atletas trocam de papéis e passam de adoradores a adorados FÁBIO SEIXAS CRISTIANO CIPRIANO POMBO DA REPORTAGEM LOCAL Um paralelo pode ser traçado entre os primeiros Jogos Olímpicos, na Grécia, em 776 a.C, e os próximos, em Sydney, que começam dentro de exatos 19 dias. Se na antiguidade o homem competia para celebrar seus deuses, hoje o próprio atleta ganhou ares e status de divindade. Hoje, estrelas consagradas e candidatos a astros com frequência encobrem o lema olímpico, aquele que prega: o importante não é vencer, mas participar. Nos campos, ginásios, raias e piscinas de Sydney não será diferente. Sinal dos tempos, em um vai-e-vem entre romantismo e pragmatismo já visto em outras passagens da história. Foi assim com Roma, que subjugou a Grécia e arrasou os ideais olímpicos. O resgate só aconteceu em fins do século passado. Pouco a pouco, porém, tais ideais vêm sendo novamente enterrados com a profissionalização crescente do esporte e dos Jogos. Não espere em Sydney uma nova operação de resgate. Mas os ideais dos gregos estarão lá, em pequenos gestos: o choro depois de uma conquista, a expressão de esforço de um atleta, uma gota de suor caindo no chão |