Esporte como festa

Atletismo


Esporte como sustento

Ginástica


Esporte como guerra

Futebol


Esporte como lazer

Basquete


Esporte como mídia

Tênis


Esporte como negócio

Natação

Da Grécia a Sydney

Cronologia
 
Modalidade apareceu na França e era jogada com as mãos até ser levada à Inglaterra, onde ganhou regras e formatos atuais

Tênis, hoje notório por contusões, matava até reis no seu surgimento
Reprodução
Quadro do inglês Atkinson Grimshaw retrata a Londres do final do século 19, quando o tênis foi codificado


DA REPORTAGEM LOCAL


Sem contar os altos patrocínios e o reconhecimento mundial, uma das marcas do tênis atual são as contusões. Somente neste ano, ficaram fora das quadras por contusões tenistas como Pete Sampras, Andre Agassi, Marcelo Ríos e Patrick Rafter, entre outros.

Até mesmo Gustavo Kuerten, o maior nome da história do tênis masculino no Brasil _cujo marco inicial é disputado por Niterói (RJ), em 1897, e Porto Alegre (RS), em 1898_, foi vítima desse mal.

Porém a situação já foi pior, numa época em que o tênis era chamado de “jeu de paume” (jogo de palma). Os riscos de ferimentos eram maiores. E até matavam.

Segundo Edmundo Giffoni, autor do livro “Tênis - Catarse Moderna”, as vítimas fatais mais famosas foram os reis franceses Luís 10º, em 1316, que após uma partida, ainda suando muito, bebeu água gelada e foi vítima de pneumonia, e Carlos 8º, que morreu após bater a cabeça no marco de uma porta ao lado da quadra.

“O tênis era reconhecido como o esporte dos reis. Era praticado em locais estreitos, em geral castelos, e com bolas de pano, lã e, depois, couro. Os acidentes eram comuns, mas provocados por fatores externos”, afirma Giffoni.

Apesar do caráter de mártir, a nobreza real foi a maior incentivadora do “jeu de paume”, desenvolvido na França a partir do século 13, com os jogadores rebatendo a bola com as mãos.

Em meio a muitas regras e versões _desde três atletas até uma grade de ferro dividindo a quadra_, o “jeu de paume” chegou à Inglaterra, onde ganhou o nome de tênis real, adaptado da expressão francesa “tenez” (“toma”).

A contagem dos pontos é explicada de diversas formas. As mais coerentes levam em conta a referência de um sextante (instrumento óptico de lentes presas um setor circular de 60º) e a marcação de passos _os tenistas jogavam contra uma parede, a 50 passos de distância, dando 15 passos à frente no primeiro ponto, mais 15 no segundo (somando 30) e 10 no terceiro (totalizando 40).

O tênis real, disputado ao ar livre, ganharia as atuais feições a partir de 1873, quando o major inglês Walter Wingfield introduziu o “lawn tennis” (tênis de grama). No ano seguinte, ele publicaria as primeiras regras do esporte.

Com regras uniformes, surgiram os torneios do Grand Slam _Wimbledon (1877), Aberto dos EUA (1881), Roland Garros (1891) e Aberto da Austrália (1905)_, e o esporte, praticado tanto por homens como por mulheres, chegou aos Jogos Olímpicos, em 1896.

Depois, por discussões envolvendo a profissionalização, só resolvidas no final dos anos 60, o tênis deixou os Jogos de 1924 a 1988.

Hoje, além do ranking e do circuito da ATP, que evidenciam o caráter individual do esporte, há a Copa Davis, que é equivalente a um Mundial por seleções


Leia mais: O esporte como negócio