PROGRAMA


VEJA ONDE FAZER INTENSIVÃO

RESUMÃO/HISTÓRIA

RESUMÃO/GEOGRAFIA

RESUMÃO/PORTUGUÊS

RESUMÃO/FÍSICA

ATUALIDADE

PROFISSÕES:
medicina
enfermagem

 


RESUMÃO/HISTÓRIA
Brasil nos tempos da bossa nova

FLÁVIO DE CAMPOS
ESPECIAL PARA A FOLHA

Em 1958, o Rio era a capital do Brasil. O jovem Fernando Henrique Cardoso preparava sua tese de doutorado. "Chega de saudade", de João Gilberto, inaugurava a batida da bossa nova. Uma parte da juventude descarregava sua rebeldia ouvindo rock, acelerando suas lambretas, usando jeans e sonhando com Marilyn Monroe.

O Brasil conquistava o seu primeiro título mundial de futebol. Santos e Botafogo eram os melhores times brasileiros. Pelé e Garrincha, seus maiores craques. O presidente da República era um mineiro elegante, de nome difícil: Juscelino Kubitschek de Oliveira.

O governo de JK (1956-1961) coincidiu com uma época de otimismo e euforia. Eleito pela coligação PSD/PTB, prometeu um desenvolvimento econômico sem precedentes na história brasileira: "50 anos em 5". Uma pechincha.

Havia uma visão de que a modernização do país só seria alcançada com um intenso processo de industrialização.

Desde a década de 30, o Brasil operava uma transição em termos econômicos. Deixara de lado um modelo agroexportador (exportação de matérias-primas e gêneros agrícolas e importação de produtos industrializados) por um modelo de substituição de importações (que visava à restrição de importação de bens de consumo não-duráveis e o estímulo à importação e à produção de máquinas e equipamentos e de bens de consumo duráveis).

Por meio do Plano de Metas, o governo apontava as áreas a serem priorizadas pelos investimentos do Estado: energia, transporte, alimentação, educação e indústria de base (indústrias que fornecem matérias-primas para outros setores industriais).

Com essas medidas, JK conseguiu atrair o capital estrangeiro. Durante seu governo, diversas empresas multinacionais instalaram-se no Brasil: indústrias automobilísticas, farmacêuticas, petroquímicas e eletroeletrônicas. A economia diversificou-se e a produção atingiu o extraordinário índice de 80% de crescimento.

A política econômica de JK foi denominada nacional-desenvolvimentismo. Com ela, o governo favoreceu os setores empresariais ligados ao capital transnacional. Estimulou também o consumo de bens duráveis na classe média.

A política nacional-desenvolvimentista de JK realizava-se em associação com o capital estrangeiro. Era semelhante à bossa nova, que combinava a música nacional e o jazz norte-americano. O nacional-desenvolvimentismo representava uma variação melódica dentro do modelo de substituição de importações que havia se estabelecido durante a década de 30, no governo de Getúlio Vargas. Mas essa é uma outra história...

Flavio de Campos é autor de "Oficina de História", da Editora Moderna, e professor de História do colégio Móbile

Leia mais:
  • RESUMÃO/GEOGRAFIA - É preciso integrar conhecimentos
  • RESUMÃO/PORTUGUÊS - Exame exige aplicação de conceito
  • RESUMÃO/FÍSICA - Observe os fênomenos do dia-a-dia
  • ATUALIDADE - Cúpula de Camp David, ontem e hoje



  •