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02/03/2001 - 15h05

Berlim comemora o centenário de nascimento de Marlene Dietrich

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da France Presse, em Berlim

Berlim organiza as comemorações do 100° aniversário de nascimento de Marlene Dietrich e prepara um grande espetáculo internacional no teatro de revista sucessor do Grosses Schauspielhaus, no qual a atriz estreou, em 1925.

"Queremos brindar Marlene Dietrich com uma homenagem que ela mesma teria desejado para um acontecimento assim", afirmou Alexander Iljinski, diretor-geral do teatro Friedrichstadtpalast, anfitrião da apresentação que acontece no próximo dia 28 de dezembro.

A praça diante do Palácio do Festival Internacional de Cinema de Berlim leva hoje o nome artístico da atriz: Marlene Dietrich. Marie Magdelene von Losch - seu nome verdadeiro - nasceu em 27 de dezembro de 1901, em Berlim. Ela começou a trabalhar como atriz de teatro e cinema mudo em 1922, depois de estudar com o diretor de teatro Max Reinhardt, que dirigiu o Grosses Schauspielhaus até aquele ano, antes de se transferir com a companhia para sua própria casa, na hoje Reinhardtstrasse, e fundar o Deutsches Theater.

Dietrich, que se uniu em várias oportunidades à companhia de Reinhardt, teve que substituir uma corista doente e acabou fazendo sua estréia na peça de revista "De Boca em Boca", no Grosses Spielhaus.

Após sete anos trabalhando como extra em filmes do cinema mudo, Dietrich ganhou fama ao interpretar a sedutora cantora de cabaré de "O Anjo Azul", de Josef von Sternberg.

Em Hollywood, Dietrich e Sternberg realizaram na década de 30 obras-primas do cinema, como "Marrocos", "O Expresso de Shangai", "A Vênus Loira" e "Mulher Satânica".

A ascensão do nazismo na Alemanha, em 1933, fez com que ela se opusesse radicalmente a Adolf Hitler, adotasse a cidadania americana em 1937 e atuasse diante das tropas aliadas.

A partir da década de 50 Dietrich passou a trabalhar mais como cantora e fez algumas aparições no cinema antes de se retirar definitivamente de cena. Ela morreu no dia 6 de maio de 1992, em Paris.

Construído em 1860 para ser um mercado, as instalações do Grosses Spielhaus, com capacidade para 5.000 pessoas, transformaram-se primeiro em um circo e depois em teatro de revista. O prédio desapareceu na década de 80, no auge das construções de casas na então República Democrática Alemã, e foi substituído pelo Friedrichstadtpalast, teatro de arena localizado a 300 metros, na Friedrichstrasse, uma das ruas mais movimentadas do centro de Berlim.

Uma década depois da queda do Muro de Berlim e da reunificação alemã, o Friedrichstadtpalast, com capacidade para 2.000 pessoas, é o maior teatro de revista do mundo.
 

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