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30/04/2001
-
23h09
da Sucursal do Rio
A escritora Maria Clara Machado, maior autora de teatro infantil do Brasil, morreu na noite de hoje, aos 80 anos, em sua casa em Ipanema, na zona sul do Rio, cercada de parentes, amigos e colaboradores do teatro Tablado, que fundou há 50 anos e formou gerações de atores.
Maria Clara Machado, autora de 27 peças infantis, de livros para crianças e de três peças para adultos _"As Interferências", "Os Embrulhos" e "Miss Brasil"_ soube há um ano e meio que tinha um linfoma, mas só há duas semanas havia parado de trabalhar.
Ela dirigiu a montagem de "Jonas e a Baleia", escrita em parceria com a sobrinha Cacá Mourthé, que está em cartaz no Tablado, na Lagoa (zona sul).
"Ela morreu como um passarinho", disse Cacá, 42, provável sucessora de Maria Clara à frente da escola de teatro. "Espero estar à altura", disse a autora e diretora.
Segundo a sobrinha, mesmo doente, a escritora nunca parou para pensar na morte. "Ela falava da vida, não falava da morte."
Além de Cacá Mourthé, estavam na casa de Maria Clara Machado a irmã da escritora, Araci, o sobrinho Marcos Aníbal, a atriz Louise Cardoso e os diretores Leonel Fischer, professor do Tablado, e Chico Caseiro, entre outros.
No instante em que morreu, às 20h45, a escritora segurava a mão de Fischer. "Ela deu um longo suspiro e soltou a mão", contou a sobrinha.
De acordo com Cacá Mourthé, pouco antes de a tia morrer a luz do quarto em que ela estava apagou subitamente, enquanto as demais luzes da casa continuavam acessas. "Fomos ver o que era e, quando a energia voltou, ela se foi", contou.
A provável sucessora da escritora à frente do Tablado lembra que a tia ficou famosa com "Pluft, o Fantasminha", escrita há 45 anos e montada, desde então, em todos os continentes. A primeira peça infantil, entretanto, foi "O Boi Burro a Caminho de Belém".
Há uma semana, a escritora ganhou o Prêmio Shell de Personalidade, mas já não pôde ir recebê-lo. Foi representada por ex-alunos do Tablado, que a homenagearam.
O corpo de Maria Clara Machado foi levado para a capela do Patronato da Gávea, na Lagoa, próxima ao Tablado, onde será velado.
O enterro está marcado para às 16h desta terça-feira, no cemitério do Caju, na zona norte do Rio.
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A escritora Maria Clara Machado, maior autora de teatro infantil do Brasil, morreu na noite de hoje, aos 80 anos, em sua casa em Ipanema, na zona sul do Rio, cercada de parentes, amigos e colaboradores do teatro Tablado, que fundou há 50 anos e formou gerações de atores.
Maria Clara Machado, autora de 27 peças infantis, de livros para crianças e de três peças para adultos _"As Interferências", "Os Embrulhos" e "Miss Brasil"_ soube há um ano e meio que tinha um linfoma, mas só há duas semanas havia parado de trabalhar.
Ela dirigiu a montagem de "Jonas e a Baleia", escrita em parceria com a sobrinha Cacá Mourthé, que está em cartaz no Tablado, na Lagoa (zona sul).
"Ela morreu como um passarinho", disse Cacá, 42, provável sucessora de Maria Clara à frente da escola de teatro. "Espero estar à altura", disse a autora e diretora.
Segundo a sobrinha, mesmo doente, a escritora nunca parou para pensar na morte. "Ela falava da vida, não falava da morte."
Além de Cacá Mourthé, estavam na casa de Maria Clara Machado a irmã da escritora, Araci, o sobrinho Marcos Aníbal, a atriz Louise Cardoso e os diretores Leonel Fischer, professor do Tablado, e Chico Caseiro, entre outros.
No instante em que morreu, às 20h45, a escritora segurava a mão de Fischer. "Ela deu um longo suspiro e soltou a mão", contou a sobrinha.
De acordo com Cacá Mourthé, pouco antes de a tia morrer a luz do quarto em que ela estava apagou subitamente, enquanto as demais luzes da casa continuavam acessas. "Fomos ver o que era e, quando a energia voltou, ela se foi", contou.
A provável sucessora da escritora à frente do Tablado lembra que a tia ficou famosa com "Pluft, o Fantasminha", escrita há 45 anos e montada, desde então, em todos os continentes. A primeira peça infantil, entretanto, foi "O Boi Burro a Caminho de Belém".
Há uma semana, a escritora ganhou o Prêmio Shell de Personalidade, mas já não pôde ir recebê-lo. Foi representada por ex-alunos do Tablado, que a homenagearam.
O corpo de Maria Clara Machado foi levado para a capela do Patronato da Gávea, na Lagoa, próxima ao Tablado, onde será velado.
O enterro está marcado para às 16h desta terça-feira, no cemitério do Caju, na zona norte do Rio.
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