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08/06/2001 - 04h58

"A Partilha", produção global, se espalha pelo Brasil

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SILVANA ARANTES
da Folha de S.Paulo

Quando "A Partilha", de Miguel Falabella, estreou no teatro, em 1990, o homem de TV Daniel Filho garantiu os direitos de sua transposição para o cinema.

Com uma década de distância da "première" nos palcos, a história das quatro irmãs que promovem um acerto de contas emocional e financeiro após a morte da mãe chega hoje às telas das cinco regiões do país, em 144 cópias produzidas e distribuídas pelos selos da Globo Filmes (empresa em que Daniel ocupa o cargo de diretor artístico), Lereby (a produtora do cineasta) e Columbia.

O quarteto de atrizes protagonistas é capitaneado por Glória Pires -"A única em que pensei desde o início", diz Daniel- e traz os nomes de Lilia Cabral, Andrea Beltrão e Paloma Duarte.

Daniel Filho, que teve a astúcia de perceber rapidamente o apelo popular de uma história que deu fama e fortuna ao seu autor e envernizou a carreira de não poucas atrizes, sabe que não fez um filme denso. "Não acredito que "A Partilha" deva participar de festivais. Filme para ir a festival tem que ser contundente", diz.

É um projeto ao qual se apegou e desapegou nos últimos dez anos. "Muitas vezes pensei em desistir. Mas me lembrava do Bruno Barreto dizendo: "Se você não quiser dirigir, dirijo eu". Ele havia dito isso em "Dona Flor e Seus Dois Maridos" e deu no que deu".

O roteiro, que preserva bastante da estrutura da peça, tem as assinaturas do diretor, de Miguel Falabella, de João Emanuel Carneiro e de Mark Haskell Smith.

O largo parêntese entre a definição do projeto e sua concretização Daniel atribui à dificuldade conjuntural para a produção cinematográfica no Brasil nesse período.

E segue pessimista. Diz que "a lei do Audiovisual não ajudou nada". Afirma que sua burocracia é infernal: "Num só dia fiquei três horas assinando papéis. O que assinei, nem sei". E diz que o peso do nome da Globo Filmes, do seu próprio e o prestígio das atrizes envolvidas não facilitaram em nada a captação de recursos.

A Globo Filmes divulga a cifra de R$ 3 milhões como correspondente ao orçamento do filme. De acordo com dados do Ministério da Cultura, a Lereby Produções obteve autorização para captar, com benefício das leis de renúncia fiscal, R$ 4.340.598,02 e conseguiu efetivamente R$ 1.198.365,71.

"A Partilha" é a sétima produção da Globo Filmes. A empresa estuda, em parceria com a Columbia, a produção de 12 telefilmes. "O Filho Predileto" será a primeira experiência do projeto.

Constam ainda da sua lista de filmes em pré-produção "Redentor", de Cláudio Torres, "Olga", baseado no livro homônimo de Fernando Morais e sem diretor definido, "Muito Gelo e Dois Dedos de Água", o próximo longa de Daniel Filho, "Caramuru", primeiro episódio da série televisiva "A Invenção do Brasil" adaptada para as telas por Guel Arraes, e "Cazuza", projeto em definição.

Depois da estréia hoje no circuito comercial, "A Partilha" deverá sair em vídeo doméstico em novembro. Sua exibição na TV ainda não tem data acertada.

Leia a nossa opinião sobre este filme na Crítica Online
 

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