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21/06/2001 - 10h41

Pato Fu traz "ruídos" que, apesar de rosas, não são mais tão meigos

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da Folha de S.Paulo

Não faltaram definições para o novo CD da banda Pato Fu, que faz hoje, no DirecTV, show único de lançamento de "Ruído Rosa".

O álbum é um trabalho mais "barulhento" e mais rock que os anteriores. Por isso houve comparações desse mais recente trabalho com o primeiro deles, "Rotomusic de Liquidificapum" (1993), opinião talvez compartilhada pelo grupo. "De tanto as pessoas falarem, a gente até passou a acreditar", diz o letrista John.

Entre as semelhanças dos dois álbuns, o músico ressalta que ambos foram feitos "de pijama", ou seja, num processo caseiro. Quando mixaram o disco em Londres, tudo já estava definido e gravado em pequenos estúdios, sem grande aparato. "Mas as letras são totalmente diferentes. O processo de criação nove anos atrás era mais rápido e sem tanta preocupação com a qualidade como hoje", ressalta John.

Na esteira do lançamento, a banda foi comparada a Os Mutantes, principalmente porque foi convidada a regravar "Ando Meio Desligado" para ser tema de abertura de novela. A vocalista Fernanda Takai, John e o baixista Ricardo Koctus acham a opinião lisonjeira, mas dizem que provoca enganos, já que nunca seguiram uma cartilha Mutantes para fazer a música do Pato Fu.

Também foi identificada uma sonoridade anos 80 no trabalho, que, dependendo de quem fala, pode soar bastante agressiva. Nesse ponto, entretanto, a banda concorda plenamente: faz mesmo música dos anos 80.

"Eu sempre gostei da Blitz", diz Fernanda Takai. "Era um alento ver aquela gente fazer rock; foi assim que começamos a tocar nossos instrumentos. Até mesmos os clipes, meio toscos, falavam muito para a gente."

"Para nós, anos 80 significa compor melodias fáceis de se identificar, que podem ser tocadas no violão", conta a vocalista.

Falando assim, até parece que o Pato Fu é uma banda de pop rock meiga e bem-comportada. "Ruído Rosa" tem material para a parte mais "pesada" de seu público, a que vai de camisa preta e que bate cabeça em seus shows.

O encarte do CD avisa: "Alguns ruídos e chiados encontrados neste disco são intencionais e não representam defeitos de fabricação".

Aliás, é difícil para a banda definir quem é o seu público. Segundos eles, há adolescentes na faixa dos 15 anos, universitários e gente que curte o lado lúdico das letras da banda, além dos que gostam da parte mais rock e de uma parcela alternativa, ligada aos ruídos e experimentações da banda.

"Sabemos que somos uma banda segmentada, mas esse nicho ainda não tem nome", brinca John. "É um show que pode soar estranho para quem conhece o trabalho da banda apenas pelos hits que tocam no rádio, completa o baixista Koctus.

"Isopor", o CD anterior, vendeu 160 mil cópias. No entanto, farão só um show em São Paulo, sem contar o que fizeram para a gravação do "Bem Brasil", no Sesc Interlagos, domingo passado. "É o tamanho do Pato Fu. Não temos o mesmo cacife de outras bandas de rock ou pop do país, como os Raimundos ou como o Skank e o Jota Quest", assevera Fernanda Takai.

Show: Pato Fu - lançamento do CD "Ruído Rosa"
Onde: DirecTV Music Hall (al. dos Jamaris, 213, Moema, tel. 5643-2500)
Quando: hoje, às 21h30
Quanto: de R$ 15 a R$ 50
 

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