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26/06/2001 - 03h54

Começa na quarta-feira a SP Fashion Week

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ERIKA PALOMINO
JACKSON ARAUJO

da Folha de S.Paulo

Começa nesta quarta-feira a São Paulo Fashion Week, evento oficial do calendário dos desfiles na cidade, desta vez lançando a moda para a primavera-verão 2001/2002 no prédio da Fundação Bienal (somente para convidados). É uma data importante, já que se trata da décima edição da temporada de desfiles -há cinco anos, os estilistas e grifes lançavam suas coleções isoladamente, em show-rooms ou apresentações na cidade. Quando lançavam.

Hoje a moda no país saiu do gueto fashion e conseguiu chamar a atenção do mundo. Passado um ano do ápice da euforia do planeta em relação às modelos e aos estilistas -a bem da verdade, em relação a qualquer coisa que viesse do Brasil-, é tempo de mostrar serviço. É hora de fortalecer a criação e o design brasileiros, e o mercado quer provar para todos (aqui e no exterior) que há o que ver e o que vender nas passarelas nacionais.

"Passado o momento de extremo ego, da moda brasileira "se achar", acordamos para o produto brasileiro", diz o estilista Walter Rodrigues, que ganhou o prêmio da Associação Brasileira das Indústrias Têxteis como melhor coleção feminina de 2000 e desfila na sexta-feira na SP Fashion Week.

É mais um "turning point". Até porque, pela primeira vez, um jornalista que realmente importa assiste aos desfiles. É o inglês Collin McDowell, senhor de barbas brancas que estará sentado na primeira fila de todos os desfiles por aqui, como aliás está em todas as primeiras filas do mundo.

Jornalista do londrino "The Sunday Times", McDowell é também o autor de importantes títulos da literatura fashion, como as biografias do estilista John Galliano e do designer de sapatos Manolo Blahnik, além da novíssima sobre o americano Ralph Lauren. Seu último livro, "Fashion Today", tem grossura e importância de Bíblia, e lá ele explica os fundamentos da indústria.

Fã de Alexandre Herchcovitch e de Lino Villaventura, McDowell chega na quarta a SP. "O Brasil deve evitar a tentação de imitar. O país poderá servir como centro de moda somente se encontrar algo único para trazer ao mundo. Espero e conto com isso", disse o escritor em entrevista.

Um dos principais nomes desta estação deverá ser Reinaldo Lourenço, que se destacou no último inverno e, neste verão, desfila uma coleção em clima de "rock tribal" -é só o que ele adianta. "Sinto que os compradores quando vêem uma peça brasileira ficam encantados com a estética e a feminilidade", diz o estilista, que desfila sexta-feira, dia 29.

Mas o caminho não deve ser somente o do reconhecimento internacional. "O momento atual é de amadurecimento. Existe no Brasil uma vocação para a euforia exagerada, o que atrapalha o andamento da evolução da indústria de moda", pondera Lino Villaventura, que também desfila na sexta uma coleção "leve, descontraída, jovem, casual e colorida".

"De toda forma, estamos bem. Há um esforço: todos querem buscar novas vendas. Tomara que chegue o momento em que os grandes centros de moda acordem para o Brasil. O mundo da moda vive um eterno retrô e os brasileiros têm bagagem cultural para apontar novos caminhos", completa Villaventura.

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