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23/07/2001
-
11h36
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
da Folha de S.Paulo
Segundo disco do grupo carioca Los Hermanos, "Bloco do Eu Sozinho" veio para inverter o costume de que os bastidores da feitura de um disco são segredo para ser guardado a sete chaves.
Junto com o disco, chega a história de vários embates com a gravadora Abril Music, que, inconformada com a produção mirabolante de Chico Neves, pediu a regravação do disco, com outro produtor.
"Da maneira como chegou até nós, o disco era impublicável", crava o presidente da Abril, Marcos Maynard, propulsor da axé music no passado e responsável há pouco pelas voltas das bandas dos 80 Capital Inicial, Ira! e Ultraje a Rigor ao sucesso.
Resistência
Mas Los Hermanos bateu pé e se recusou a regravar o disco. Depois de muito impasse, teve que aceitar o acordo de meio-termo de submeter o material já produzido a uma nova mixagem.
Traumatizada pelo sucesso massificador e até carnavalesco do hit "Anna Júlia", a banda alcançou em seu disco de estréia uma vendagem de 300 mil exemplares.
"O sucesso de "Anna Júlia" foi uma coisa absolutamente imprevista. A gente saiu do underground do Rio, de banda queridinha do Rio, para num outro momento Ivete Sangalo estar cantando a música para Antonio Carlos Magalhães queimar suas calorias. Isso é um negócio no mínimo surrealista", define o vocalista e guitarrista Rodrigo Amarante, 24.
Marcelo Camelo, 23, também guitarrista e vocalista, completa: "Pela primeira vez tivemos a dimensão concreta de que a arte tem vida própria, ultrapassa a mão do artista. Tem gente que ama "Anna Júlia" porque lembra Weezer, tem gente que ama porque é linda e fácil de cantar e tem gente que ama porque a Banda Eva tocou no Carnaval".
Leia a nossa opinião sobre o espetáculo na Crítica Online
Los Hermanos desafia o mercado com novo CD
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Segundo disco do grupo carioca Los Hermanos, "Bloco do Eu Sozinho" veio para inverter o costume de que os bastidores da feitura de um disco são segredo para ser guardado a sete chaves.
Junto com o disco, chega a história de vários embates com a gravadora Abril Music, que, inconformada com a produção mirabolante de Chico Neves, pediu a regravação do disco, com outro produtor.
"Da maneira como chegou até nós, o disco era impublicável", crava o presidente da Abril, Marcos Maynard, propulsor da axé music no passado e responsável há pouco pelas voltas das bandas dos 80 Capital Inicial, Ira! e Ultraje a Rigor ao sucesso.
Resistência
Mas Los Hermanos bateu pé e se recusou a regravar o disco. Depois de muito impasse, teve que aceitar o acordo de meio-termo de submeter o material já produzido a uma nova mixagem.
Traumatizada pelo sucesso massificador e até carnavalesco do hit "Anna Júlia", a banda alcançou em seu disco de estréia uma vendagem de 300 mil exemplares.
"O sucesso de "Anna Júlia" foi uma coisa absolutamente imprevista. A gente saiu do underground do Rio, de banda queridinha do Rio, para num outro momento Ivete Sangalo estar cantando a música para Antonio Carlos Magalhães queimar suas calorias. Isso é um negócio no mínimo surrealista", define o vocalista e guitarrista Rodrigo Amarante, 24.
Marcelo Camelo, 23, também guitarrista e vocalista, completa: "Pela primeira vez tivemos a dimensão concreta de que a arte tem vida própria, ultrapassa a mão do artista. Tem gente que ama "Anna Júlia" porque lembra Weezer, tem gente que ama porque é linda e fácil de cantar e tem gente que ama porque a Banda Eva tocou no Carnaval".
Leia a nossa opinião sobre o espetáculo na Crítica Online
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