Publicidade
Publicidade
26/07/2001
-
18h13
da France Presse, em Berlim
Joseph Mallord William Turner, o pintor mais famoso da Inglaterra e o mais duramente criticado por seu estilo pessoal, é tema de exposição, que faz a primeira retrospectiva de sua obra no Museu Folkwang de Essen, no oeste da Alemanha.
"Após estudar os grandes artistas dos séculos 16 e 17, Turner reformulou a pintura da paisagem, sempre subordinada à história do ensino acadêmico, ajudando-a a alcançar o mesmo reconhecimento", afirmou o historiador de arte Andrew Wilton, curador da mostra.
A mostra, realizada em cooperação com a Tate Gallery de Londres em razão dos 150 anos da morte do artista, compreende quase 200 trabalhos, entre óleos, aquarelas, esboços e gravuras, e fica aberta ao público de 15 de setembro de 2001 a 6 de janeiro de 2002.
Esta é a primeira grande retrospectiva de Turner realizada fora do Reino Unido depois das famosas exposições de 1984 em Paris e de 1996 em Canberra e Melbourne (Austrália).
Turner, nascido em Londres em 1775, morou na capital britânica até sua morte, em 19 de dezembro de 1851. Mas, entre 1817 e 1845, viajou pelo continente europeu desde Copenhague (Dinamarca) a Nápoles (Itália), e de Paris (França) a Praga (República Tcheca).
Um crítico inglês comparava Turner em 1827 a um cozinheiro que sabe preparar um bom "curry", mas que com sua preferência pelo amarelo trata todo mundo como se fosse um prato condimentado com essa especiaria.
Até o pintor impressionista Pierre-Auguste Renoir zombava dos quadros de Turner, qualificando-os de "patisserie". "Isto é muito estranho", disse Wilton, "porque precisamente os impressionistas franceses tinham ficado deslumbrados com a pintura de Turner quando viram seus quadros em Londres, fugindo do avanço prussiano na guerra de 1870/1871".
Claude Monet e Camille Pissarro ficaram entusiasmados com a pintura pouco convencional de Turner, sua observação precisa dos fenômenos naturais; suas formas, que pareciam estar sempre em movimento; e finalmente a luz, que parecia fluir em seus quadros.
Conta-se que o pintor se fez amarrar ao mastro de um barco em meio a uma tormenta para viver diretamente e sofrer na própria carne os terríveis efeitos do fenômeno atmosférico. Não menos interessantes eram para Turner as paisagens alpinas, que desenhou incansavelmente durante suas viagens a essas regiões.
A gozação dos críticos e a admiração daqueles que mais tarde seriam consagrados artistas definem as peculiaridades da arte do pintor inglês e fazem referência à sua modernidade. A pintura de Turner encerra uma época e ao mesmo tempo se acha no começo de um longo caminho rumo à modernidade do século 20.
Depois dos impressionistas foram os simbolistas que descobriram a beleza da luz em suas telas. O belga James Ensor, um místico da luz, impressionista, realista e visionário, outro dos precursores da arte moderna, sentiu-se poderosamente atraído por Turner.
Henri Matisse e Paul Signac viajaram expressamente à Inglaterra e ficaram entusiasmados pela forma como o pintor britânico usava a cor em seus quadros.
Até os pintores expressionistas abstratos americanos, como Mark Rothko e Jackson Pollock, estudaram minuciosamente e seguiram em suas composições pictóricas princípios idênticos aos de Turner, um atento observador de sua época e um homem que soube refletir em sua obra os conflitos históricos da era napoleônica e as transformações sociais no começo da revolução industrial.
Obra do pintor William Turner ganha retrospectiva na Alemanha
Publicidade
Joseph Mallord William Turner, o pintor mais famoso da Inglaterra e o mais duramente criticado por seu estilo pessoal, é tema de exposição, que faz a primeira retrospectiva de sua obra no Museu Folkwang de Essen, no oeste da Alemanha.
"Após estudar os grandes artistas dos séculos 16 e 17, Turner reformulou a pintura da paisagem, sempre subordinada à história do ensino acadêmico, ajudando-a a alcançar o mesmo reconhecimento", afirmou o historiador de arte Andrew Wilton, curador da mostra.
A mostra, realizada em cooperação com a Tate Gallery de Londres em razão dos 150 anos da morte do artista, compreende quase 200 trabalhos, entre óleos, aquarelas, esboços e gravuras, e fica aberta ao público de 15 de setembro de 2001 a 6 de janeiro de 2002.
Esta é a primeira grande retrospectiva de Turner realizada fora do Reino Unido depois das famosas exposições de 1984 em Paris e de 1996 em Canberra e Melbourne (Austrália).
Turner, nascido em Londres em 1775, morou na capital britânica até sua morte, em 19 de dezembro de 1851. Mas, entre 1817 e 1845, viajou pelo continente europeu desde Copenhague (Dinamarca) a Nápoles (Itália), e de Paris (França) a Praga (República Tcheca).
Um crítico inglês comparava Turner em 1827 a um cozinheiro que sabe preparar um bom "curry", mas que com sua preferência pelo amarelo trata todo mundo como se fosse um prato condimentado com essa especiaria.
Até o pintor impressionista Pierre-Auguste Renoir zombava dos quadros de Turner, qualificando-os de "patisserie". "Isto é muito estranho", disse Wilton, "porque precisamente os impressionistas franceses tinham ficado deslumbrados com a pintura de Turner quando viram seus quadros em Londres, fugindo do avanço prussiano na guerra de 1870/1871".
Claude Monet e Camille Pissarro ficaram entusiasmados com a pintura pouco convencional de Turner, sua observação precisa dos fenômenos naturais; suas formas, que pareciam estar sempre em movimento; e finalmente a luz, que parecia fluir em seus quadros.
Conta-se que o pintor se fez amarrar ao mastro de um barco em meio a uma tormenta para viver diretamente e sofrer na própria carne os terríveis efeitos do fenômeno atmosférico. Não menos interessantes eram para Turner as paisagens alpinas, que desenhou incansavelmente durante suas viagens a essas regiões.
A gozação dos críticos e a admiração daqueles que mais tarde seriam consagrados artistas definem as peculiaridades da arte do pintor inglês e fazem referência à sua modernidade. A pintura de Turner encerra uma época e ao mesmo tempo se acha no começo de um longo caminho rumo à modernidade do século 20.
Depois dos impressionistas foram os simbolistas que descobriram a beleza da luz em suas telas. O belga James Ensor, um místico da luz, impressionista, realista e visionário, outro dos precursores da arte moderna, sentiu-se poderosamente atraído por Turner.
Henri Matisse e Paul Signac viajaram expressamente à Inglaterra e ficaram entusiasmados pela forma como o pintor britânico usava a cor em seus quadros.
Até os pintores expressionistas abstratos americanos, como Mark Rothko e Jackson Pollock, estudaram minuciosamente e seguiram em suas composições pictóricas princípios idênticos aos de Turner, um atento observador de sua época e um homem que soube refletir em sua obra os conflitos históricos da era napoleônica e as transformações sociais no começo da revolução industrial.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice