Publicidade
Publicidade
24/08/2001
-
02h49
da Folha de S. Paulo
A primeira marca do "Drácula" de 1931 é, claro, Bela Lugosi. Sua voz é envolvente, seus olhos são sedutores. Mas ninguém se engane: o encanto do personagem criado por Lugosi vem de sua incrível ambiguidade, da capacidade de transmitir, ao mesmo tempo, as idéias de dor e de terror.
Pois Drácula é um demônio noturno, um pesadelo -e, se o filme hoje é um clássico, é em boa parte porque Lugosi conseguiu lhe dar a densidade e a intensidade que os pesadelos requerem.
É verdade que sozinho Lugosi não faria tudo o que fez, e o filme não seria o que é se a Universal não tivesse providenciado a iluminação de Karl Freund, um alemão saído das sombras do expressionismo -e um dos maiores fotógrafos do cinema. Ou ainda se não tivesse a dirigi-lo Tod Browning, que formava com James Whale a grande dupla de mestres do horror dos anos 30.
O terror é um gênero estranho e difícil, pois convoca plenamente o imaginário, mas só o faz na medida em que acene com a hipótese de tudo aquilo nos afetar realmente. É um gênero que nos agita inteiramente, corpo e alma, idéia e matéria. Poucos chegaram a isso e mantiveram por tanto tempo sua eficácia quanto esse "Drácula".
Leia mais:
Philip Glass faz trilha sonora para "Drácula", de 1931
Conde Drácula era na verdade um príncipe cruel
Ator Bela Lugosi marcou "Drácula" de 1931
Publicidade
A primeira marca do "Drácula" de 1931 é, claro, Bela Lugosi. Sua voz é envolvente, seus olhos são sedutores. Mas ninguém se engane: o encanto do personagem criado por Lugosi vem de sua incrível ambiguidade, da capacidade de transmitir, ao mesmo tempo, as idéias de dor e de terror.
Pois Drácula é um demônio noturno, um pesadelo -e, se o filme hoje é um clássico, é em boa parte porque Lugosi conseguiu lhe dar a densidade e a intensidade que os pesadelos requerem.
É verdade que sozinho Lugosi não faria tudo o que fez, e o filme não seria o que é se a Universal não tivesse providenciado a iluminação de Karl Freund, um alemão saído das sombras do expressionismo -e um dos maiores fotógrafos do cinema. Ou ainda se não tivesse a dirigi-lo Tod Browning, que formava com James Whale a grande dupla de mestres do horror dos anos 30.
O terror é um gênero estranho e difícil, pois convoca plenamente o imaginário, mas só o faz na medida em que acene com a hipótese de tudo aquilo nos afetar realmente. É um gênero que nos agita inteiramente, corpo e alma, idéia e matéria. Poucos chegaram a isso e mantiveram por tanto tempo sua eficácia quanto esse "Drácula".
Leia mais:
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice