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28/04/2002 - 12h20

Morre aos 85 Ruth Handler, criadora da boneca Barbie

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da France Presse, em Los Angeles

A empresária Ruth Handler, 85, criadora da popular boneca Barbie, morreu ontem em razão de complicações decorrentes de uma cirurgia de cólon realizada há três meses.

A informação foi divulgada hoje pelo jornal "Los Angeles Times", que entrou em contato com o marido de Ruth, Elliot Handler, 63.

Nascida com o nome de Ruth Mosko, Ruth foi a "caçula" de dez filhos de imigrantes poloneses. Handler e seu marido se associaram com o desenhista industrial Harold Mattson para lançar a fábrica da Mattel, em 1945, formada com "Matt" de Mattson e "El" de Elliot.

A companhia fabricou móveis para casas de bonecas, porta-retratos e outros produtos em uma garagem improvisada como oficina, mas em poucos anos o negócio se tornou rentável e começaram a fabricar brinquedos de forma exclusiva.

Ruth Handler revolucionou a indústria norte-americana do brinquedo em 1959, quando inventou a voluptuosa Barbie —busto volumoso, cintura de vespa e quadris estreitos— como alternativa para as bonecas tradicionais e sem busto que eram então vendidas. Handler botou na boneca o nome de Barbie tirado do apelido de sua própria filha, Barbara.

Desde a criação da boneca, foram vendidas mais de 1 bilhão de Barbies em 150 países, segundo o "Los Angeles Times".

A boneca se tornou o brinquedo mais vendido do mundo e um ícone cultural, o que também a tornou alvo de críticas e desprezo de parte das feministas.

Ao longo dos anos, a Mattel tentou apaziguar as críticas, operando em Barbie uma evolução: de uma boneca meramente vestida à moda, passou a representar várias carreiras profissionais, desde médica, astronauta, oficial de polícia até candidata presidencial.

A companhia também tentou sem muito sucesso modificar nos últimos anos a esplendorosa figura da boneca, buscando aproximá-la um pouco mais do corpo da mulher comum.

Ruth Handler escreveu em sua autobiografia de 1994 que sempre viu Barbie não somente como um veículo para que as meninas canalizassem suas fantasias da vida adulta, mas como um meio para fazer coisas.

"Toda minha filosofia de Barbie era que, através da boneca, as meninas pudessem ser tudo aquilo que gostariam de ser", escreveu Ruth em sua autobiografia. "Barbie sempre representou o fato de que uma mulher sempre tem opções."
 

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