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30/05/2002 - 20h25

Mário Lago teve uma morte tranquila, diz o neto

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da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro

O escritor, ator e compositor Mário Lago morreu no início da noite de quinta-feira no Rio, aos 90 anos.

Folha Imagem
O ator Mário Lago
Militante político, vinculado durante cerca de 50 anos ao Partido Comunista, o autor de "Amélia", uma das composições mais famosas da música popular brasileira, morreu em casa, por volta das 18h30.

Por causa de um enfizema pulmonar, ele havia ficado internado de 15 de fevereiro a 12 de março no hospital Samaritano, no Rio. Transferido para casa, em Copacabana (zona sul), foi mantido sob cuidados médicos permanentes e respirava com ajuda de aparelhos.

"Foi uma morte tranquila, ao lado da família, como ele desejava", disse o neto Pedro. Mário Lago deixou cinco filhos. Era viúvo de Zeli Cordeiro Lago, falecida há quatro anos.

Filho do maestro Antônio Lago e de Maria Vicencia Lago, descendente de italianos, Mário Lago se formou em direito, mas só exerceu a profissão durante três meses.

Em 1933, passou a escrever textos para o teatro de revista e, a partir de 1944, trabalhou durante cerca de 20 anos no rádio. Em 1954, entrou para a televisão, no programa Câmera 1, da TV Rio. Em 1964, o "Compañero Pádua", seu codinome no PCB, teve cassado o seu emprego na rádio Nacional.

Mário Lago manteve o engajamento político por toda a vida e participou de várias campanhas eleitorais após a democratização do país, em 1985. Teve presença também nas campanhas pelas eleições diretas, em 1984, e pela anistia, no final dos anos 70.

O artista se manteve em atividade até pouco antes de sua internação, em fevereiro. Chegou a participar da novela "O Clone" da TV Globo, na qual fez o papel do médico ético doutor Molina, personagem que já havia interpretado em "Barriga de Aluguel", de 1990.

O parceiro Elton Medeiros classificou Mário Lago como uma figura rara no cenário cultural brasileiro: "Ele é um exemplo de criatividade para as novas gerações. Além de ter sido brilhante em tudo a que se propôs, ele sempre o fez com genialidade".

Na música popular, Lago foi parceiro de Custódio Mesquita, Benedito Lacerda, Roberto Roberti e Ataulfo Alves, com quem compôs "Ai Que Saudade de Amélia", lançada em 1942. Em 1940, compôs "Aurora", com Roberto Roberti. Também é autor de "Atire a Primeira Pedra", de 1944.

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