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18/06/2002
-
19h23
da France Presse, em Kassel
O artista carioca Cildo Meireles fez um apelo à reflexão sobre a crescente escassez de água no planeta vendendo sorvetes durante a Documenta 11, a maior mostra de arte contemporânea do mundo que está sendo realizada em Kassel (centro da Alemanha).
O conjunto da obra, especialmente criada por Meireles para esta exibição - que fica aberta ao público até 15 de setembro - representa o estabelecimento de um sistema de produção autônomo em pequena escala.
Carrinhos para vender sorvete, transformados em "objetos de arte", sob o nome de "Documento 11", foram espalhados por toda a cidade, invadida diariamente por milhares de visitantes da mostra, para chamar a atenção sobre o fenômeno de destruição das reservas de água do planeta.
"A idéia consiste, essencialmente, em produzir e vender picolés", explicou Meireles.
"Os vendedores recebem uma participação percentual nas vendas e o resto é destinado ao pagamento das máquinas e veículos necessários para a fabricação, distribuição e comercialização", acrescentou.
Com essa obra obra, intitulada "Disappearing Element/Disappeared Element (Imminent Past)", Meireles investiga "os conceitos do valor real e o valor de troca", que caracterizaram todos os seus trabalhos até hoje.
A obra é captada primeiramente pelo público sob a idéia do prazer que significa a água convertida em sorvete. Mas este prazer pode durar pouco devido à ameaça da água se transformar em algo do passado devido à destruição do ambiente, segundo o artista.
Trata-se de uma questão de "sorvetes" ou de "arte"? Que relação existe entre a escassez de um recurso e seu valor comercial? A arte faz parte de uma economia de escassez", estas são algumas das perguntas que os visitantes fazem ao se verem confrontados com a interpretação do artista brasileiro.
Enquanto os espectadores quebram a cabeça pensando na relação entre arte e mercado, Meireles chama a atenção, com um trabalho ecologicamente sustentável e que pretende enfatizar a indiscutível responsabilidade social de todo trabalho artístico-criativo.
Escassez de água é tema de obra de Cildo Meireles exposta em Kassel
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O artista carioca Cildo Meireles fez um apelo à reflexão sobre a crescente escassez de água no planeta vendendo sorvetes durante a Documenta 11, a maior mostra de arte contemporânea do mundo que está sendo realizada em Kassel (centro da Alemanha).
O conjunto da obra, especialmente criada por Meireles para esta exibição - que fica aberta ao público até 15 de setembro - representa o estabelecimento de um sistema de produção autônomo em pequena escala.
Carrinhos para vender sorvete, transformados em "objetos de arte", sob o nome de "Documento 11", foram espalhados por toda a cidade, invadida diariamente por milhares de visitantes da mostra, para chamar a atenção sobre o fenômeno de destruição das reservas de água do planeta.
"A idéia consiste, essencialmente, em produzir e vender picolés", explicou Meireles.
"Os vendedores recebem uma participação percentual nas vendas e o resto é destinado ao pagamento das máquinas e veículos necessários para a fabricação, distribuição e comercialização", acrescentou.
Com essa obra obra, intitulada "Disappearing Element/Disappeared Element (Imminent Past)", Meireles investiga "os conceitos do valor real e o valor de troca", que caracterizaram todos os seus trabalhos até hoje.
A obra é captada primeiramente pelo público sob a idéia do prazer que significa a água convertida em sorvete. Mas este prazer pode durar pouco devido à ameaça da água se transformar em algo do passado devido à destruição do ambiente, segundo o artista.
Trata-se de uma questão de "sorvetes" ou de "arte"? Que relação existe entre a escassez de um recurso e seu valor comercial? A arte faz parte de uma economia de escassez", estas são algumas das perguntas que os visitantes fazem ao se verem confrontados com a interpretação do artista brasileiro.
Enquanto os espectadores quebram a cabeça pensando na relação entre arte e mercado, Meireles chama a atenção, com um trabalho ecologicamente sustentável e que pretende enfatizar a indiscutível responsabilidade social de todo trabalho artístico-criativo.
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