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07/09/2002 - 11h54

Filósofo Gerd Bornheim morre aos 72 anos no Rio

da Folha de S.Paulo, do Rio

O filósofo Gerd Bornheim, 72, morreu às 23h15 de anteontem, em sua casa no Rio, vítima de um tumor cerebral. Seu corpo foi velado ontem à tarde, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, e será cremado hoje, às 12h30.

Especialista em filosofia alemã, existencialismo e filosofia da arte, além de crítico teatral, Bornheim era professor da Uerj (Universidade do Estado do Rio).

Bornheim nasceu no dia 19 de novembro de 1929, em Caxias do Sul (RS). Era solteiro e tinha duas irmãs, Gerda e Irmgard. Ele deixa um filho adotivo, Romildo, e um neto, Anderson, de três anos.
Formou-se em filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde lecionou, mas acabou expulso pelo regime militar no final dos anos 60. Exilou-se na França e na Alemanha, entre 1970 e 1974.

"Era um dos maiores filósofos brasileiros", diz o professor de filosofia da USP Renato Janine Ribeiro. "[Era] o [filósofo brasileiro] que eu mais admirava. O Gerd era um grande conhecedor de teatro. Conhecia muito bem a filosofia alemã e também Sartre. Tinha um conhecimento muito bom das artes, por um lado, e, por outro, da história da filosofia", afirma.

Outro amigo, o crítico teatral Sábato Magaldi, diz que Bornheim "tinha uma enorme erudição e foi um dos teóricos de teatro mais respeitáveis do Brasil".

Renato Janine Ribeiro e Sábato Magaldi dizem que Bornheim combinava rigor intelectual com extrema simplicidade, impressão compartilhada pelo professor de sociologia da Uerj Emir Sader: "Era a imagem de um professor de filosofia: reflexivo, tranquilo, racionalista. Mas não era frio".
 

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