Publicidade
Publicidade
02/12/2002
-
03h00
da Folha de S. Paulo, em Nova York
Eloise tem de tomar banho, porque a Babá avisou que o sr. Salomone vem buscá-la para seu Baile de Máscaras Veneziano. Então, a moradora mais famosa do hotel Plaza, em Nova York, do alto de seus seis anos, prepara a banheira, coloca sais e...
No meio do caminho, começa a imaginar uma aventura com sereias e piratas. Claro que ela se esquece da banheira enchendo, que transborda, molha o chão acarpetado do Plaza, começa a vazar para outros andares e traz um furioso sr. Salomone para seu quarto. Splawsh, splawsh, splawsh!
Rah Rah Rah!
É assim, com muitas onomatopéias e palavras em inglês "adaptadas" para seu vocabulário próprio que uma das personagens infantis mais famosas do mundo volta ao livro.
Trata-se de "Eloise Takes a Bawth" (Eloise Toma Banho, mas não exatamente "banho", que é "bath" em inglês, e sim "bãnho", que é como a menina Eloise falaria em português).
É o retorno da serelepe menininha nova-iorquina quatro décadas depois de sua quarta aventura. Kay Thompson (1913-1998), que foi definida pela revista "Time" como uma mulher "vertiginosa e estonteante" em artigo de 1947 e é uma das mães do modelo "one woman show", deixou este último livro inacabado, com alguns trechos escritos.
Foi pelas mãos de Hilary Knight e Mart Crowley que a obra póstuma foi concluída e finalmente lançada. Valeu a espera.
O resultado faz jus à criadora, um daqueles tipos que só Nova York sabe produzir, principalmente a Broadway nova-iorquina dos anos 40: Thompson foi atriz, cantora, pianista e, de quebra, professora de mergulho.
Maior do que a vida, mentora de Judy Garland (1922-1969) e daquela sua filhinha mais velha (Liza Minelli), criou Eloise em 1954, enquanto passava uns dias no hotel Plaza.
Na sua imaginação, a garotinha vive no famoso hotel da esquina da Quinta Avenida com o Central Park (diárias a partir de US$ 500, em média e em dinheiro de hoje), em Manhattan.
Com ela moram a Babá (sem nome), um cachorro e uma tartaruga. Sua mãe liga de vez em quando de algum outro país do Circuito Elizabeth Arden e seu pai nunca deu as caras.
É uma pena que as aventuras de Eloise nunca tenham sido traduzidas e lançadas em português. Com a volta dela às prateleiras dos EUA, fica a idéia para as editoras de livros infantis brasileiras.
KAY THOMPSON'S ELOISE TAKES A BAWTH
Autoras: Kay Thompson, Hilary Knight (desenho) e Mart Crowley (texto)
Lançamento: Simon & Schuster Children's
Quanto: cerca de R$ 65 (80 págs.)
Onde encomendar: www.amazon.com; www.bn.com
Tomando banho, a menininha americana Eloise retorna ao livro
SÉRGIO DÁVILAda Folha de S. Paulo, em Nova York
Eloise tem de tomar banho, porque a Babá avisou que o sr. Salomone vem buscá-la para seu Baile de Máscaras Veneziano. Então, a moradora mais famosa do hotel Plaza, em Nova York, do alto de seus seis anos, prepara a banheira, coloca sais e...
No meio do caminho, começa a imaginar uma aventura com sereias e piratas. Claro que ela se esquece da banheira enchendo, que transborda, molha o chão acarpetado do Plaza, começa a vazar para outros andares e traz um furioso sr. Salomone para seu quarto. Splawsh, splawsh, splawsh!
Rah Rah Rah!
É assim, com muitas onomatopéias e palavras em inglês "adaptadas" para seu vocabulário próprio que uma das personagens infantis mais famosas do mundo volta ao livro.
Trata-se de "Eloise Takes a Bawth" (Eloise Toma Banho, mas não exatamente "banho", que é "bath" em inglês, e sim "bãnho", que é como a menina Eloise falaria em português).
É o retorno da serelepe menininha nova-iorquina quatro décadas depois de sua quarta aventura. Kay Thompson (1913-1998), que foi definida pela revista "Time" como uma mulher "vertiginosa e estonteante" em artigo de 1947 e é uma das mães do modelo "one woman show", deixou este último livro inacabado, com alguns trechos escritos.
Foi pelas mãos de Hilary Knight e Mart Crowley que a obra póstuma foi concluída e finalmente lançada. Valeu a espera.
O resultado faz jus à criadora, um daqueles tipos que só Nova York sabe produzir, principalmente a Broadway nova-iorquina dos anos 40: Thompson foi atriz, cantora, pianista e, de quebra, professora de mergulho.
Maior do que a vida, mentora de Judy Garland (1922-1969) e daquela sua filhinha mais velha (Liza Minelli), criou Eloise em 1954, enquanto passava uns dias no hotel Plaza.
Na sua imaginação, a garotinha vive no famoso hotel da esquina da Quinta Avenida com o Central Park (diárias a partir de US$ 500, em média e em dinheiro de hoje), em Manhattan.
Com ela moram a Babá (sem nome), um cachorro e uma tartaruga. Sua mãe liga de vez em quando de algum outro país do Circuito Elizabeth Arden e seu pai nunca deu as caras.
É uma pena que as aventuras de Eloise nunca tenham sido traduzidas e lançadas em português. Com a volta dela às prateleiras dos EUA, fica a idéia para as editoras de livros infantis brasileiras.
KAY THOMPSON'S ELOISE TAKES A BAWTH
Autoras: Kay Thompson, Hilary Knight (desenho) e Mart Crowley (texto)
Lançamento: Simon & Schuster Children's
Quanto: cerca de R$ 65 (80 págs.)
Onde encomendar: www.amazon.com; www.bn.com
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice