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27/12/2002
-
06h02
da Folha de S. Paulo
Antes mesmo da primeira cena, a primeira indicação do quanto "Quase Famosos" é um projeto pessoal de seu diretor, Cameron Crowe. A mão que aparece escrevendo os créditos do filme é dele próprio.
É emblemático como Crowe quer deixar transparecer a todos que o que está sendo contado ali é a sua história de adolescente, de como, aos 16 anos, conseguiu um trabalho free-lance encomendado pela bíblia musical "Rolling Stone" para acompanhar a turnê e escrever sobre uma banda de rock nos anos 70.
Após o lançamento do filme, em 2000, Crowe respondia aos seus detratores que falar mal do filme seria como falar mal de sua vida. Um desses foi o voraz e veterano crítico musical Richard Meltzer.
A ira de Meltzer, que apareceu em um jornal californiano, era dirigida ao fato de Crowe ser "chapa-branca", um cara que, com seus textos positivos sobre o rock americano dos 70, era bem visto pelas grandes gravadoras.
Outro ponto polêmico do filme é a posição em que é colocado Crowe em relação ao legendário Lester Bangs, um dos papas do "new journalism" dos EUA. Em "Quase Famosos", o cineasta nos faz crer que ele era guiado pelos conselhos de Lester, que funcionava como um guru. Bem, além de Crowe, pelo menos mais uma centena de escribas musicais podem se outorgar o direito.
Mas, fora esses "detalhes", "Quase Famosos" diverte com as imagens de Crowe (ou melhor, Billy Crudup) ao telefone, ouvindo conselhos de sua mãe, enquanto um grupo de groupies dança e se embebeda ao seu redor. Nostálgico na medida certa, "Quase Famosos" é, no final da contas, apenas rock'n'roll.
"Quase Famosos" ("Almost Famous")
Produção: EUA, 2000
Direção: Cameron Crowe
Com: Billy Crudup, Frances McDormand e Kate Hudson
Quando: amanhã, às 21h, no canal HBO
Cameron Crowe conta sua história em fábula rock em filme na HBO
THIAGO NEYda Folha de S. Paulo
Antes mesmo da primeira cena, a primeira indicação do quanto "Quase Famosos" é um projeto pessoal de seu diretor, Cameron Crowe. A mão que aparece escrevendo os créditos do filme é dele próprio.
É emblemático como Crowe quer deixar transparecer a todos que o que está sendo contado ali é a sua história de adolescente, de como, aos 16 anos, conseguiu um trabalho free-lance encomendado pela bíblia musical "Rolling Stone" para acompanhar a turnê e escrever sobre uma banda de rock nos anos 70.
Após o lançamento do filme, em 2000, Crowe respondia aos seus detratores que falar mal do filme seria como falar mal de sua vida. Um desses foi o voraz e veterano crítico musical Richard Meltzer.
A ira de Meltzer, que apareceu em um jornal californiano, era dirigida ao fato de Crowe ser "chapa-branca", um cara que, com seus textos positivos sobre o rock americano dos 70, era bem visto pelas grandes gravadoras.
Outro ponto polêmico do filme é a posição em que é colocado Crowe em relação ao legendário Lester Bangs, um dos papas do "new journalism" dos EUA. Em "Quase Famosos", o cineasta nos faz crer que ele era guiado pelos conselhos de Lester, que funcionava como um guru. Bem, além de Crowe, pelo menos mais uma centena de escribas musicais podem se outorgar o direito.
Mas, fora esses "detalhes", "Quase Famosos" diverte com as imagens de Crowe (ou melhor, Billy Crudup) ao telefone, ouvindo conselhos de sua mãe, enquanto um grupo de groupies dança e se embebeda ao seu redor. Nostálgico na medida certa, "Quase Famosos" é, no final da contas, apenas rock'n'roll.
"Quase Famosos" ("Almost Famous")
Produção: EUA, 2000
Direção: Cameron Crowe
Com: Billy Crudup, Frances McDormand e Kate Hudson
Quando: amanhã, às 21h, no canal HBO
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