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03/02/2003
-
14h39
Colunista da Folha
JACKSON ARAUJO
free-lance para a Folha
A São Paulo Fashion Week de inverno abre o leque de opções da moda brasileira, apresentando a diversidade da criação made in Brazil. Foram 40 desfiles, realizados durante seis dias no prédio da Fundação Bienal e, pela primeira vez, numa sala do hotel Unique.
Cada vez mais profissional em sua organização, o evento conseguiu até mesmo algo improvável no mundo da moda: desfiles começando no horário, mesmo com a entrada de nove marcas. A escassez de patrocínios se fez sentir, com menos investimento em cenários e problemas de produção para muitos estilistas. Mas as melhores idéias muitas vezes vêm de soluções simples, e nesta temporada não foi diferente.
Algumas imagens foram definitivas nesta temporada. Fause Haten criou as marcações de uma quadra esportiva no chão do hotel Unique, a Forum trouxe passarela de madeira rústica, a V-Rom fez uma estrada de legos, com girafas e leões, e a Cavalera cobriu tudo com seu tecido de pantera cor-de-rosa, numa verdadeira festa na passarela, enquanto a Rosa Chá armou uma piscina, com modelos em colchões d'água.
Um bom resultado é a crescente presença do masculino, que ganha corpo, graças a coleções mais consistentes e boas estréias como a de Maxime Perelmuter.
Dos participantes presentes em edições anteriores, relevantes reposicionamentos. Walter Rodrigues fica mais moderno e jovem, com a colaboração do stylist Mauricio Ianes, habitual colaborador de Alexandre Herchcovitch, num ótimo encerramento.
Sommer, com a nova sociedade com o empresário João Paulo Diniz, mostrou mais poder de fogo, com materiais e acabamentos melhores, voando mais alto. Dos menores, a V-Rom finalmente deixa para trás o ranço clubber e faz um masculino de qualidade. Cresceu, como a menina de Caio Gobbi, outra nome promissor, em desenvolvimento. Lorenzo Merlino define cada vez mais sua personalidade, com tranquilidade e boa vontade.
A palavra é foco, e acertou mais quem conseguiu se concentrar em seu estilo, como Cavalera, André Lima, Alphorria, Ricardo Almeida, Mario Queiroz, Lino Villaventura, Renato Loureiro, Reinaldo Lourenço, Patachou, Iódice e Zoomp e os masculinos da Forum e da Ellus. Herchcovitch continua se desafiando e ainda tem o poder de surpreender, voltando-se desta vez para uma leitura toda sua do universo de Branca de Neve, Mickey e Pinóquio.
Em todos os momentos, o otimismo dá o tom, seja nas brincadeiras com roupas e cenários, seja na atitude dos profissionais envolvidos. A moda quer mudança.
Especial
Confira o que acontece na SP Fashion Week
Semana de moda de São Paulo termina com foco e otimismo
ERIKA PALOMINOColunista da Folha
JACKSON ARAUJO
free-lance para a Folha
A São Paulo Fashion Week de inverno abre o leque de opções da moda brasileira, apresentando a diversidade da criação made in Brazil. Foram 40 desfiles, realizados durante seis dias no prédio da Fundação Bienal e, pela primeira vez, numa sala do hotel Unique.
Cada vez mais profissional em sua organização, o evento conseguiu até mesmo algo improvável no mundo da moda: desfiles começando no horário, mesmo com a entrada de nove marcas. A escassez de patrocínios se fez sentir, com menos investimento em cenários e problemas de produção para muitos estilistas. Mas as melhores idéias muitas vezes vêm de soluções simples, e nesta temporada não foi diferente.
Algumas imagens foram definitivas nesta temporada. Fause Haten criou as marcações de uma quadra esportiva no chão do hotel Unique, a Forum trouxe passarela de madeira rústica, a V-Rom fez uma estrada de legos, com girafas e leões, e a Cavalera cobriu tudo com seu tecido de pantera cor-de-rosa, numa verdadeira festa na passarela, enquanto a Rosa Chá armou uma piscina, com modelos em colchões d'água.
Um bom resultado é a crescente presença do masculino, que ganha corpo, graças a coleções mais consistentes e boas estréias como a de Maxime Perelmuter.
Dos participantes presentes em edições anteriores, relevantes reposicionamentos. Walter Rodrigues fica mais moderno e jovem, com a colaboração do stylist Mauricio Ianes, habitual colaborador de Alexandre Herchcovitch, num ótimo encerramento.
Sommer, com a nova sociedade com o empresário João Paulo Diniz, mostrou mais poder de fogo, com materiais e acabamentos melhores, voando mais alto. Dos menores, a V-Rom finalmente deixa para trás o ranço clubber e faz um masculino de qualidade. Cresceu, como a menina de Caio Gobbi, outra nome promissor, em desenvolvimento. Lorenzo Merlino define cada vez mais sua personalidade, com tranquilidade e boa vontade.
A palavra é foco, e acertou mais quem conseguiu se concentrar em seu estilo, como Cavalera, André Lima, Alphorria, Ricardo Almeida, Mario Queiroz, Lino Villaventura, Renato Loureiro, Reinaldo Lourenço, Patachou, Iódice e Zoomp e os masculinos da Forum e da Ellus. Herchcovitch continua se desafiando e ainda tem o poder de surpreender, voltando-se desta vez para uma leitura toda sua do universo de Branca de Neve, Mickey e Pinóquio.
Em todos os momentos, o otimismo dá o tom, seja nas brincadeiras com roupas e cenários, seja na atitude dos profissionais envolvidos. A moda quer mudança.
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