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14/02/2003 - 11h38

Anouk Aimée é premiada com o Urso de Ouro do Festival de Berlim

da France Presse, em Berlim

A atriz francesa Anouk Aimée recebeu ontem o Urso de Ouro do Festival Internacional de Cinema de Berlim por sua carreira no cinema.

Françoise Sorya Dreyfus, verdadeiro nome de Anouk Aimée, nasceu no dia 27 de abril de 1932 em Paris, em uma família de atores.

Estrela de filmes como "A Doce Vita" e "Oito e Meio", de Federico Fellini, e de "Um homem, uma mulher", de Claude Lelouch, Anouk Aimée estreou no cinema aos 14 anos.

"Quando fiquei diante de uma câmera pela primeira vez, em 1946, no filme 'La maison sous la mer', de Henri Calef, minha personagem se chamava Anouk. Pensei que poderia ser um bom pseudônimo", disse a atriz durante uma entrevista em Berlim.

A atriz explicou que, tempo depois, quando conheceu o diretor Jacques Prévert, ele lhe deu a idéia de acrescentar ao nome artístico um adjetivo que indicasse que ela era realmente "uma pessoa muito querida, querida por todos, bem amada".

O diretor da Berlinale, Dieter Kosslick, entregou o prêmio à atriz antes da exibição de "Lola, A Flor Proibida" (1960), de Jacques Demy, um dos filmes preferidos de Anouk Aimée.

Nesta edição, o Festival de Berlim está exibindo uma retrospectiva com diversos filmes da atriz, incluindo "Os Amantes de Montparnasse", de Jacques Becker, e "Laços Eternos" (1967), de André Delvaux, sobre as diferenças de idioma e culturais entre flamengos e valões na Bélgica.

Com Fellini, com quem filmou "Oito e meio" (1963), Aimée começou a "desejar o trabalho cinematográfico". "Na Itália 'a profissão' era menos arrogante que na França. Eu disse isso na época e acredito que o mundo cinematográfico francês não recebeu bem a frase", lamentou.

"É que com Fellini todos trabalhávamos de forma exaustiva, mas ninguém se mostrava mais importante por isso. Lembro daquela época como a de uma única e gigantesca risada", destacou Aimée.

"'Lola' (produção franco-italiana), é "um dos filmes mais pessoais que conheço. Surgiu totalmente do mais íntimo e profundo de Jacques, um dos jovens lobos do cinema francês de então", afirmou a atriz.

"É um filme desenfreadamente emocional e, no entanto, infinitamente discreto. Inteligente, complexo e popular, o que para Jacques era o principal", disse a atriz.

"Um homem, uma mulher" (1966), de Claude Lelouche, que continua sendo o filme mais premiado da história do cinema francês (mais de 40 prêmios, entre Oscar, Palma de Ouro e Globos de Ouro), "me deixa perplexa, ainda hoje", comentou.
 

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