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28/03/2003 - 17h36

Mineiros investem em adaptações no Fringe

VALMIR SANTOS
da Folha de S. Paulo, em Curitiba

Reta final para o Fringe. Novos espetáculos entram na programação. Grupos de origens distintas têm até domingo para conquistar um lugar ao sol em meio às nuvens do outono curitibano.

Catorze atores recém-formados pelo curso profissionalizante do Palácio das Artes de Belo Horizonte apresentam "Vereda da Salvação", texto de Jorge Andrade (1922-1984).

São dirigidos por Marcelo Bones, ligado ao grupo de teatro de rua Andante, 15, que como que acolhe os jovens intérpretes.

"Nosso ponto de partida foi o jogo de atores, a movimentação apoiada no trabalho com bastões, que não estão necessariamente em cena", diz Bones, 43. A partitura das ações nasceu de duplas.

Foi a forma que o diretor encontrou para dialogar com um texto que expressa a violência no campo conjugada ao fanatismo religioso (leia crítica abaixo). Também de Minas Gerais -agora Juiz de Fora-, a Cia. de Teatro Sujo apresenta "Pela Noite", conto do escritor Caio Fernando Abreu (1948-1996) adaptado por Renato Farias.

Trata de um caso de amor entre dois homens, interpretados por José Eduardo Arcuri e Ricardo Martins. A encenação de Marcos Marinho, 48, procura traduzir a jornada noturna dos amantes (o jantar, a danceteria, o desentendimento na rua etc.) por meio do movimento circular das cenas.

Privilegia-se também a ação física dos atores, em alguns momentos coreografias de fato.

"Como Caio, também procuramos fugir do gueto. Não é uma peça restrita ao amor gay, diz respeito aos sentimentos de qualquer ser humano", diz Marinho.

A montagem estreou em junho do ano passado em Juiz de Fora, no interior mineiro, e foi recebida "sem cenas de escândalos na platéia", segundo o diretor.

No monólogo cômico "A Caixa", de Salvador, Carolina Ribeiro, 24, adapta e interpreta os diálogos escritos por Clarissa Ribeiro, 23.

"A história é uma metáfora sobre o mito de Pandora, a reclusão das pessoas que guardam mágoas e desejos", diz Clarissa.

A curiosidade conduz uma mulher a um encontro acidental consigo mesma em pleno banheiro de um restaurante.

O drama "Afeto" vem do Rio de Janeiro como fruto da nova geração de autores cariocas. Mônica Prinzac assina texto e direção da peça defendida por Letícia Isnard e Tatiana Aragão. "Falar sobre afeto é pensar sobre o que não pode ser negociado", diz Prinzac sobre a história de duas amigas que buscam recomeçar a vida após um incêndio.

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