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19/05/2003
-
13h18
Com o muito esperado "Dogville", do dinamarquês Lars von Trier, protagonizado por Nicole Kidman, e "Carandiru", do brasileiro Héctor Babenco, dois filmes que podem levar a Palma de Ouro, o Festival de Cannes teve nesta segunda-feira um dia particularmente intenso.
Até agora, o mais aplaudido de todos os filmes apresentados na competição, "Dogville" aparece como um candidato forte para o principal prêmio, que seria o segundo para o diretor dinamarquês. Em 2000, ele ganhou a Palma com "Dançando no Escuro", que foi duplamente premiado porque a islandesa Björk, que atua no filme, conquistou o prêmio de melhor atriz.
Nicole Kidman, que atua ao lado de Lauren Bacall e James Caan, pode sonhar acrescentar este prêmio a seu recente Oscar por "As Horas", embora a quantidade de boas atuações femininas vistas até agora no festival vá tornar a disputa acirrada.
Dogville é uma aldeia perdida nas montanahas Rochosas, no centro-oeste dos Estados Unidos. A história se passa no fim dos anos 20. Certo dia, chega ao povoado, fugindo de gângsters, a bela e misteriosa Grace (Nicole Kidman). Um jovem do povoado com ambições de escritor, Tom Edison Jr (Paul Bettany) a esconde, protege e convence os outros habitantes de que precisam ajudá-la. Os habitantes aceitam, mas Grace tem de pagar um preço por essa proteção.
Lars von Trier não freqüenta os caminhos trilhados. Depois dos filmes "Dogma" e do bem-sucedido "Ondas do Destino" (também premiado em Cannes), após ter inventado a tragédia musical em "Dançando no Escuro", o cineasta se inspira em Bertold Brecht para fazer um filme num cenário teatral desenhado.
E a quem pergunta se isto é cinema, Von Trier responde: "Talvez, mas também não é anticinema. No início de minha carreira, fiz filmes muito 'fílmicos', mas agora isso é muito fácil, basta ter um computador".
O segundo filme na competição nesta segunda-feira, e o único latino-americano a concorrer este ano no Festival de Cannes, "Carandiru", de Héctor Babenco, é um filme que também mereceria ganhar a Palma. Passado numa prisão, tenta compreender sem julgar a galeria de personagens marginais, assassinos e traficantes.
"Carandiru" é a terceira obra de Babenco que tem a prisão como cenário. As outras foram "Pixote" e "O Beijo da Mulher Aranha". Para Babenco, "a prisão tem um significado muito mais metafórico do que realista". "É uma espécie de 'huis clos', ao qual me impus para poder interpretar o drama dos personagens", declarou.
"A mensagem que Carandiru nos passa é que uma sociedade que não se organiza de maneira mais compreensiva em relação às pessoas carentes terá cada vez mais 'carandirus', cada vez mais violência", afirmou.
Especial
Saiba mais sobre a 56º edição do Festival de Cannes
"Dogville" e "Carandiru" são as atrações de hoje em Cannes
da France PresseCom o muito esperado "Dogville", do dinamarquês Lars von Trier, protagonizado por Nicole Kidman, e "Carandiru", do brasileiro Héctor Babenco, dois filmes que podem levar a Palma de Ouro, o Festival de Cannes teve nesta segunda-feira um dia particularmente intenso.
Até agora, o mais aplaudido de todos os filmes apresentados na competição, "Dogville" aparece como um candidato forte para o principal prêmio, que seria o segundo para o diretor dinamarquês. Em 2000, ele ganhou a Palma com "Dançando no Escuro", que foi duplamente premiado porque a islandesa Björk, que atua no filme, conquistou o prêmio de melhor atriz.
Nicole Kidman, que atua ao lado de Lauren Bacall e James Caan, pode sonhar acrescentar este prêmio a seu recente Oscar por "As Horas", embora a quantidade de boas atuações femininas vistas até agora no festival vá tornar a disputa acirrada.
Dogville é uma aldeia perdida nas montanahas Rochosas, no centro-oeste dos Estados Unidos. A história se passa no fim dos anos 20. Certo dia, chega ao povoado, fugindo de gângsters, a bela e misteriosa Grace (Nicole Kidman). Um jovem do povoado com ambições de escritor, Tom Edison Jr (Paul Bettany) a esconde, protege e convence os outros habitantes de que precisam ajudá-la. Os habitantes aceitam, mas Grace tem de pagar um preço por essa proteção.
Lars von Trier não freqüenta os caminhos trilhados. Depois dos filmes "Dogma" e do bem-sucedido "Ondas do Destino" (também premiado em Cannes), após ter inventado a tragédia musical em "Dançando no Escuro", o cineasta se inspira em Bertold Brecht para fazer um filme num cenário teatral desenhado.
E a quem pergunta se isto é cinema, Von Trier responde: "Talvez, mas também não é anticinema. No início de minha carreira, fiz filmes muito 'fílmicos', mas agora isso é muito fácil, basta ter um computador".
O segundo filme na competição nesta segunda-feira, e o único latino-americano a concorrer este ano no Festival de Cannes, "Carandiru", de Héctor Babenco, é um filme que também mereceria ganhar a Palma. Passado numa prisão, tenta compreender sem julgar a galeria de personagens marginais, assassinos e traficantes.
"Carandiru" é a terceira obra de Babenco que tem a prisão como cenário. As outras foram "Pixote" e "O Beijo da Mulher Aranha". Para Babenco, "a prisão tem um significado muito mais metafórico do que realista". "É uma espécie de 'huis clos', ao qual me impus para poder interpretar o drama dos personagens", declarou.
"A mensagem que Carandiru nos passa é que uma sociedade que não se organiza de maneira mais compreensiva em relação às pessoas carentes terá cada vez mais 'carandirus', cada vez mais violência", afirmou.
Especial
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