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31/10/2003 - 11h37

"Matrix Revolutions" expõe fragilidade da trilogia

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SÉRGIO RIZZO
do Guia da Folha

Ao final de "Matrix Revolutions", todos os interessados saberão se Neo (Keanu Reeves) é quem muitos acreditavam que fosse, ou apenas um embuste. Em relação à trilogia dos irmãos Andy e Larry Wachowski, não é preciso esperar tanto: bastam os primeiros minutos do último episódio para notar que o êxito do original, em 1999, deu origem a um embuste tamanho família que agora se revela por completo.

"Matrix Reloaded" já sugeria a incapacidade de levar adiante a idéia-mestra e o conceito visual de "Matrix". Mas, como faria um ilusionista habilidoso diante de uma platéia que desejasse ser manipulada, o episódio intermediário cercava Neo, Trinity e Morpheus de novos personagens, ocultava os poucos saltos da história atrás de efeitos inebriantes e tinha um álibi para ir a lugar nenhum: aguardem o último capítulo.

"Matrix Revolutions" expõe, no entanto, as fragilidades de esticar em três longas o que caberia muito bem em dois. A trama chove no molhado até a conclusão elucidativa sobre Neo e o destino de Sião, a cidade dos humanos. E os efeitos (um dia originais) se tornam paródia de si mesmos, como se o combate final entre Neo e o agente Smith fosse encenado em tom de sátira por personagens de videogame.

Resta um filme de ação movimentado, com diálogos risíveis, situações piegas, uma vaga lembrança de onde veio e um desperdício imperdoável: Monica Bellucci em uma única cena. Não poderia mesmo dar certo.
 

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