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23/02/2004 - 11h29

"O último samurai" existiu de verdade e foi um capitão francês

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da France Presse, em Tóquio

O soldado americano interpretado por Tom Cruise no cinema, em "O Último Samurai" existiu de verdade. Era um instrutor francês de artilharia, o capitão Jules Brunet, cuja história nada fica a dever à ficção de Hollywood.

Como Nathan Algren, o herói do filme de Edward Zwick, Brunet era um militar contratado para modernizar o exército japonês no século 19, na época da Restauração Meiji.

Assim como Algren, Brunet combateu as novas tropas do imperador em um Japão marcado pela guerra civil e pelas mudanças de alianças. E, como ele, saiu da aventura são e salvo, depois de um sangrento combate por honra de seus irmãos de armas samurais, cuja causa estava condenada pela modernização.

E o que é ainda mais incrível, Brunet fundou uma efêmera "república autônoma" em Hakodate, último reduto dos partidários do xogum (chefe militar) Yoshinobu Tokugawa, esmagados pelas forças imperiais.

Praticamente desconhecido, Brunet foi contudo um personagem fora do comum, brilhante egresso da escola politécnica de Paris, magnífico soldado e também talentoso aquarelista.

As fotos de época o mostram alto e magro, com bigode e um olhar orgulhoso. Antes de ser enviado ao Japão, havia participado, junto com os soldados do imperador mexicano Maximiliano, de expedição naquele país que foi desastrosa para as tropas francesas.

Promovido a capitão em 1867, com menos de 30 anos de idade, fez parte da primeira missão militar francesa no Japão. A pedido do xogum, essa missão formou sete regimentos de infantaria, um batalhão de cavalaria e quatro batalhões de artilharia, que totalizaram 10.000 homens.
 

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