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Gigante Brazil grava disco como cantor e se apresenta no Sesc
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RONALDO EVANGELISTA
Colaboração para a Folha
O baterista, percussionista e cantor Gigante Brazil é um daqueles músicos que seguem a carreira por anos a fio impressionando a todos, mas sem nunca chegar a uma parcela muito grande do público. Tornou-se uma lenda, mas é reconhecido apenas por poucos sortudos que têm a oportunidade de ter contato com sua música.
Agora, a primeira possibilidade de ter nova amostra de seu talento surge com seu primeiro disco como cantor, "Música Preta Branca e etc", gravado em dupla com o baixista e produtor Paulo Lepetit e lançado pelo próprio selo de Lepetit, Elo Music, dentro da série CD7.
Hoje acontece no Sesc Pompéia show de lançamento.
A idéia do disco é antiga. Os dois se conheceram no fim da década de 70 e, ao longo de cerca de dez anos, trabalharam juntos na banda Isca de Polícia, que acompanhava Itamar Assumpção. "Sempre que o Gigante toca com alguém, ele acaba também cantando", conta Lepetit. "E eu sempre disse a ele que tinha que fazer um disco solo, mas nunca acontecia.
Aí, de uns quatro anos pra cá tenho insistido e tentado fazer o projeto acontecer. Agora resolvemos fazer isso juntos." "Ele já vinha falando dessa história desde que a gente se conhece", confirma Gigante.
"Sempre dizia: "Uma hora vai sobrar pra você", e agora aconteceu", ri. "Antes eu não estava voltado pra isso, mas agora eu fiquei bem animado. Pra mim é tudo novo, mas a partir do momento que eu começo a cantar, me sinto um cantor."
De Mautner a Melodia
Com sua voz profundamente grave e interpretação tão suingada quanto divertida, Gigante começou sua carreira tocando bateria no Rio em fins dos anos 60. Em 1972 veio pra São Paulo acompanhando Jorge Mautner e daí para fazer shows com Elza Soares, Caetano Veloso e Luiz Melodia foi um pulo.
Até que entrou para a banda new wave Gang 90 e começou a tocar com Itamar. No começo dos anos 90, foi abordado por Marisa Monte e com ela ficou tocando durante mais alguns anos. De lá pra cá, projetos, participações, acompanhamentos. "Agora estou voltando a mim mesmo", diz ele sobre o disco.
Com sonoridade ainda filha da tal vanguarda paulistana, o disco tem alguns arranjos datados, teclados com timbres ruins e idéias desperdiçadas.
Mas vale a pena pelo repertório divertido ("Ensaboa", de Cartola, "Paula e Bebeto", de Milton e Caetano, "Na Quitanda", de Zeca Baleiro). E tem todo o mérito de colocar Gigante sob o holofote.
GIGANTE BRAZIL E PAULO LEPETIT
Quando: hoje, às 18h
Onde: Sesc Pompéia (r. Clélia, 93, tel. 0/xx/11/ 3871-7700)
Quanto: R$ 12
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