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25/07/2004 - 09h13

Sozinho, Joey sente saudade dos "friends"

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KIKE MARTINS DA COSTA
free-lance para a Folha

Quando o seriado "Joey" estrear nos EUA e na TV brasileira, daqui a cerca de três meses, não serão só os telespectadores que sentirão falta dos demais astros de "Friends". O próprio Joey (Matt LeBlanc) confessa no primeiro episódio da nova série que sente saudade de seus amigos e que se viu obrigado a mudar para Los Angeles porque cada um seguiu um novo rumo e ele "sobrou".

A sitcom "Joey" é o grande investimento da próxima temporada da televisão americana, que viu no primeiro semestre de 2004 o fim de seriados como "Friends", "Sex and the City", "Frasier" e "Whoopi", entre outros.

Desenvolvida a partir do personagem Joey Tribbiani, o ator canastrão interpretado por Matt LeBlanc em "Friends", a nova série foi apresentada na semana passada à imprensa em Los Angeles e uma cópia do episódio de estréia vazou para a internet. Quem baixá-lo verá que Joey continua divertido e completamente trapalhão, mas também poderá notar uma ponta de melancolia e nostalgia no personagem.

A história começa com o ator se mudando de Nova York para Los Angeles, e nem mesmo a viagem transcorre sem trapalhadas. Por engano, nosso anti-herói desembarca no aeroporto de Dallas, mas consegue chegar à Califórnia. Lá, ele encontra a irmã, Gina (Drea de Matteo, de "Família Soprano"), e seu sobrinho. Ela é uma cabeleireira estabanada e burralda como o irmão, mas seu filho, Michael (Paulo Costanzo), é um jovem engenheiro espacial, um rapaz bastante inteligente que por sorte não herdou o Q.I. dos Tribbiani.

Sonhando com uma carreira de sucesso em Hollywood, Joey aposta todas as suas fichas no papel principal que sua nova agente consegue para ele em um seriado de ação, mas a produção é abortada antes de ir ao ar. Para não ficar sem trabalho, Joey acaba se metendo em várias confusões e faz até um teste para ser apresentador de telejornal.

A parte triste é quando, no final do episódio, Joey explica para sua irmã que, às vezes, decisões aparentemente dolorosas e mudanças drásticas podem ser a solução para grandes problemas na vida das pessoas. "Eu era feliz em Nova York e não queria que as coisas mudassem, mas meus amigos se casaram, saíram da cidade ou tiveram filhos. Todos mudaram, então eu também resolvi dar uma chance à mudança, mas confesso que está sendo dureza", diz.

Enquanto em Nova York os amigos eram a família de Joey, na Califórnia ele tenta fazer de seus familiares os seus novos amigos.

Matt LeBlanc está bem à vontade no papel --e não poderia ser diferente, já que há dez anos ele encarna esse personagem. Drea de Matteo e Paulo Costanzo também desempenham seus papéis com um "timing" perfeito e surpreendem positivamente. A vizinha gostosa de Joey, que foi interpretada pela loirinha Ashley Scott (de "A.I. - Inteligência Artificial") no piloto disponível na web, não foi aprovada pelos produtores e por um grupo de telespectadores que assistiu a uma sessão fechada. Quando a série chegar à TV, o personagem será encarnado por outra atriz.

Pelo que se vê no episódio de estréia, "Joey" dá pinta de que será um seriado bacaninha, mas tem uma grande desvantagem em relação a "Friends". Enquanto a sitcom que ficou dez anos no ar tinha seis protagonistas e os roteiristas conseguiam fazer malabarismos incríveis para contar às vezes seis historinhas paralelas em um só episódio, em "Joey" o astro é só um, e isso iguala a série a tantas outras comédias que atualmente estão no ar na TV.

Com um só astro, é como se os produtores estivessem decretando "'Joey': ame-o ou deixe-o". Com vários personagens fortes, capazes de segurar sozinhos uma subtrama, os telespectadores não enjoam fácil do protagonista e muito menos do seriado. Resta saber se Joey vai segurar a onda sozinho.

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