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07/12/2004
-
09h37
FABIEN NOVIAL
da France Presse, em Berlim
O lendário Cabaré e a vida noturna de Berlim nos anos de ascensão do nazismo, que foram imortalizados no cinema por Liza Minelli, ressuscitam agora sob um teatro de lona da capital alemã.
"Cabaré", ambientada no início da década de 30, com a lenta ascensão do regime de Adolf Hitler (1933-1945), inspirou-se no romance "Adeus a Berlim", escrito por Christopher Isherwood em 1929, não muito longe do local onde agora a nova produção será encenada.
Centenas de espectadores aplaudem todas as noites o espetáculo sob o teatro de lona "Bar Jeder Vernunft" ("Muito Além de Toda Razão"), um dos templos da vida noturna de Berlim.
O romance de Isherwood serviu de inesgotável fonte de inspiração para várias produções ao longo das últimas décadas do século 20 e recentemente tornou-se a nova aposta do coreógrafo americano Vincent Paterson, estrela da Broadway, que já dirigiu Madonna e Michael Jackson.
"Adeus a Berlim" deu origem primeiro a uma obra de teatro de Jon van Druten e ao curioso filme britânico "Sou Uma Câmara" (1955), de Henry Cornelius. E originou depois a famosa produção da Broadway em 1966, com música de John Kander, canções de Fred Ebb e coreografia e direção de Bob Fosse, que gerou também uma produção cinematográfica em 1972 de enorme sucesso, com Liza Minelli e Michael York, entre outros, que obteve vários prêmios Oscar.
É a primeira vez que a comédia musical criada por Fosse é representada em um autêntico cabaré de Berlim, onde a obra ganha a intimidade ainda que perda em luxo.
"Cabaré" narra a relação da cantora Sally Bowles, do escritor homossexual inglês Brian, do aristocrata alemão Max e da bela Natalia . Os prazeres, fetiches e desvios sexuais ilustrados pelas coreografias não deixam nada a dever para famosas versões da Broadway e de Hollywood.
Entretanto, se a interpretação de Sally não disputa com a de Minelli, o papel secundário de uma proprietária de pensão, encarnado por Angela Winkler, a grande dama do cinema e do teatro alemães, conquista o público.
Joel Grey, que cantava em dueto com Minelli o tema "Money, Money, Money" no cinema, veio pessoalmente à estréia desta nova versão.
A cidade recuperou seu status de capital da noite. Para Paterson, "Berlim é uma cidade excitante, como o Downtown de Nova York há 15 ou 20 anos". Um pouco "como o Soho, quando os clubes estavam em plena efervescência e não se parecia com a Disneylândia".
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Anos loucos de "Cabaré" ressuscitam sob teatro de lona em Berlim
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da France Presse, em Berlim
O lendário Cabaré e a vida noturna de Berlim nos anos de ascensão do nazismo, que foram imortalizados no cinema por Liza Minelli, ressuscitam agora sob um teatro de lona da capital alemã.
"Cabaré", ambientada no início da década de 30, com a lenta ascensão do regime de Adolf Hitler (1933-1945), inspirou-se no romance "Adeus a Berlim", escrito por Christopher Isherwood em 1929, não muito longe do local onde agora a nova produção será encenada.
Centenas de espectadores aplaudem todas as noites o espetáculo sob o teatro de lona "Bar Jeder Vernunft" ("Muito Além de Toda Razão"), um dos templos da vida noturna de Berlim.
O romance de Isherwood serviu de inesgotável fonte de inspiração para várias produções ao longo das últimas décadas do século 20 e recentemente tornou-se a nova aposta do coreógrafo americano Vincent Paterson, estrela da Broadway, que já dirigiu Madonna e Michael Jackson.
"Adeus a Berlim" deu origem primeiro a uma obra de teatro de Jon van Druten e ao curioso filme britânico "Sou Uma Câmara" (1955), de Henry Cornelius. E originou depois a famosa produção da Broadway em 1966, com música de John Kander, canções de Fred Ebb e coreografia e direção de Bob Fosse, que gerou também uma produção cinematográfica em 1972 de enorme sucesso, com Liza Minelli e Michael York, entre outros, que obteve vários prêmios Oscar.
É a primeira vez que a comédia musical criada por Fosse é representada em um autêntico cabaré de Berlim, onde a obra ganha a intimidade ainda que perda em luxo.
"Cabaré" narra a relação da cantora Sally Bowles, do escritor homossexual inglês Brian, do aristocrata alemão Max e da bela Natalia . Os prazeres, fetiches e desvios sexuais ilustrados pelas coreografias não deixam nada a dever para famosas versões da Broadway e de Hollywood.
Entretanto, se a interpretação de Sally não disputa com a de Minelli, o papel secundário de uma proprietária de pensão, encarnado por Angela Winkler, a grande dama do cinema e do teatro alemães, conquista o público.
Joel Grey, que cantava em dueto com Minelli o tema "Money, Money, Money" no cinema, veio pessoalmente à estréia desta nova versão.
A cidade recuperou seu status de capital da noite. Para Paterson, "Berlim é uma cidade excitante, como o Downtown de Nova York há 15 ou 20 anos". Um pouco "como o Soho, quando os clubes estavam em plena efervescência e não se parecia com a Disneylândia".
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