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19/10/2000 - 13h52

Documentos secretos de judeus poloneses são expostos em Frankfurt

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da Deutsche Welle

Faz parte do amplo programa cultural que acompanha a Feira Internacional do Livro deste ano -que tem a Polônia como destaque- a exposição do Arquivo de Ringelblum , no Museu Judaico de Frankfurt.

Trata-se da mais importante fonte de documentação da vida dos judeus poloneses durante a ocupação alemã, nunca mostrada fora da Polônia, como explica Eleonora Bergmann, do Instituto Judaico Histórico de Varsóvia, que organizou a mostra de Frankfurt.

"Esta coleção de documentos nunca foi apresentada no exterior. Existe uma espécie de lenda em torno do arquivo, mas pouca gente sabe a cara que ele tem, o que ele contém."

O historiador Emanuel Ringelblum (1900-1944) criou no gueto de Varsóvia, em novembro de 1940, a organização clandestina Oneg Shabbat que, desde então e até o levante do gueto em 1943, colecionou os mais diferentes documentos.

"No arquivo existem documentos escritos a mão, outros copiados a máquina, desenhos, fotografias, redações escolares, mas também uma grande coleção de material de imprensa clandestina, que é, aliás, uma das partes mais interessantes da coleção. Foram publicados uns 40 ou 50 títulos de todas as tendências políticas. É preciso lembrar que no gueto viviam representantes dos mais diferentes grupos, e todos publicavam artigos."

Temendo as deportações em massa, Ringelblum e seus colaboradores começaram a esconder o material em caixas de metal, que eram enterradas debaixo das casas. As últimas caixas foram escondidas na véspera do levante, no começo de 1943. Os primeiros esconderijos foram descobertos, nos escombros do gueto, em 1946; uma segunda parte, quatro anos mais tarde.

A documentação abrange hoje 30 mil páginas de documentos e foi incluída pela Unesco, no ano passado, na lista da Memória da Humanidade.

Até hoje o material não foi completamente analisado, principalmente devido a dificuldades lingüísticas. Parte foi escrita em alemão ou hebraico, mas a maioria em iídiche e polonês. Quem sabe ainda existam documentos enterrados, não descobertos até agora.

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