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05/08/2005
-
09h11
SÉRGIO RIZZO
do Guia da Folha
De um lado, o veterano diretor, escritor e desenhista japonês Hayao Miyazaki, principal artista do Studio Ghibli, mestre do realismo fantástico na animação e realizador de "A Viagem de Chihiro" (01). De outro, a escritora inglesa Diana Wynne Jones, autora de dezenas de títulos infanto-juvenis, como "Vida Encantada" e "A Semana dos Bruxos", também consagrada pela criação de universos de fantasia. A reunião entre essas duas grifes de prestígio internacional resultou em "O Castelo Animado", o grande longa-metragem de animação da temporada, que estréia hoje (5).
O argumento vem do primeiro dos dois livros da série "O Castelo de Howl", publicado em 1986. Howl, personagem misterioso, demora um pouco a se revelar para o público. Seu castelo, no entanto, irrompe na tela já na abertura, estabelecendo o tom da ambientação: estamos em um reino cujos habitantes encaram as andanças de um imóvel como se fosse evento natural. Bruxas e feitiços rondam esse cenário de sonho, em que a disputa muito humana por poder se traduz em desafios sobre-humanos.
Adepto das técnicas clássicas de animação, Miyazaki se beneficia do surto recente de filmes digitais: seu trabalho, contraposto à ambição tecnológica de recriar a vida tal como ela é (ou parece ser), seduz porque, em boa medida, recupera o fascínio do cinema como invenção de outro mundo, com o qual o nosso tem apenas vaga semelhança. O sucesso com o público adulto se explica também pela riqueza de personagens e situações.
Mitos e arquétipos são explorados com desenvoltura, ampliando o alcance das referências e associações a território bem mais extenso do que o percorrido pelas animações recentes de origem norte-americana, voltadas à reiteração de uma certa cultura pop que, no fundo, obedece à lógica do consumo. "O Castelo Animado" circula por outro reino.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o diretor e desenhista Hayao Miyazaki
Realizador de "A Viagem de Chihiro" volta com "O Castelo Animado"
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do Guia da Folha
De um lado, o veterano diretor, escritor e desenhista japonês Hayao Miyazaki, principal artista do Studio Ghibli, mestre do realismo fantástico na animação e realizador de "A Viagem de Chihiro" (01). De outro, a escritora inglesa Diana Wynne Jones, autora de dezenas de títulos infanto-juvenis, como "Vida Encantada" e "A Semana dos Bruxos", também consagrada pela criação de universos de fantasia. A reunião entre essas duas grifes de prestígio internacional resultou em "O Castelo Animado", o grande longa-metragem de animação da temporada, que estréia hoje (5).
Divulgação |
Marko na animação "O Castelo Animado", de Haya Miyazakio |
Adepto das técnicas clássicas de animação, Miyazaki se beneficia do surto recente de filmes digitais: seu trabalho, contraposto à ambição tecnológica de recriar a vida tal como ela é (ou parece ser), seduz porque, em boa medida, recupera o fascínio do cinema como invenção de outro mundo, com o qual o nosso tem apenas vaga semelhança. O sucesso com o público adulto se explica também pela riqueza de personagens e situações.
Mitos e arquétipos são explorados com desenvoltura, ampliando o alcance das referências e associações a território bem mais extenso do que o percorrido pelas animações recentes de origem norte-americana, voltadas à reiteração de uma certa cultura pop que, no fundo, obedece à lógica do consumo. "O Castelo Animado" circula por outro reino.
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