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13/11/2005
-
09h15
TANGI QUEMENER
da France Presse, em Los Angeles
O videogame de terror e ficção científica "Doom", cuja versão cinematográfica tem estréia prevista para dezembro no Brasil, gera expectativa entre os adolescentes e repulsa entre seus pais.
Baseado na terceira série do jogo, "Doom III" (2004), o filme, que no Brasil se chamará "Doom: A Porta do Inferno", estreou no fim de outubro nos Estados Unidos.
"Doom" foi lançado no mercado em 1993, e depois vieram seqüências "The plutonia experiment", "Doom II" e, finalmente, "Doom III". Em suas três versões, o jogador precisa sair de um labirinto tentando matar os monstros que atravessam seu caminho.
"Os criadores do game se inspiraram em filmes como 'Evil Dead', de 1987, com cenas ultraviolentas e de terror; e na série 'Alien', sobretudo pelos monstros", explicou David Kushner, autor de "Masters of Doom", livro de referência do fenômeno.
O jogo acabou se tornando um sucesso extraordinário entre milhões de adolescentes, fascinados com o ambiente sinistro protagonizado por criaturas abomináveis.
Elaborado por John Carmack e John Romero, dois gênios da informática há apenas 20 anos, o primeiro "Doom" se tornou o videogame mais popular de sua época.
O jogo também foi o primeiro possível de se jogar conectado à rede. Enquanto o fenômeno crescia até ser considerado quase uma seita religiosa, várias universidades começaram a proibi-lo, com o temor de que seus usuários se tornassem viciados.
"Até agora organizamos torneios" do Doom de primeira geração, disse Jeff McAllister, 31, responsável pelo "Planetdoom", um dos sites na internet dedicados à série.
Não satisfeitos em terem criado um jogo com estilo gráfico sem igual e máximo realismo, seus criadores impuseram um sistema de vendas comparado ao dos traficantes de drogas, o que lhes garantiu fazer fortuna.
"Impuseram no mercado o modelo econômico dos vendedores de drogas", explicou Christopher Swaim, professor da Universidade do Sul da Califórnia. "Eles dão de presente os primeiros níveis e depois que os jogadores ficam viciados, lhes vendem a versão completa", acrescentou.
O videogame foi desenvolvido pela id Software e publicado pela Activision. Uma de suas três versões foi desenvolvida para PC, outra para Mac e uma terceira para o console Xbox.
"Doom" chamou a atenção de grupos cristãos americanos pela violência e seu simbolismo satânico. A polêmica começou em meio ao massacre de Columbine, em Littleton Colorado, que deixou 13 mortos em abril de 1999. O autor do massacre no colégio da tranqüila cidade era adepto do jogo.
Kushner explica seu ponto de vista, defendendo o "Doom". "Acho que há um problema de geração. As pessoas que não cresceram com o jogo não sabem do que se trata. Quando jogado o 'Doom', é preciso estar verdadeiramente mal para confundi-lo com a realidade", afirmou.
Filme do game "Doom" gera expectativa
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da France Presse, em Los Angeles
O videogame de terror e ficção científica "Doom", cuja versão cinematográfica tem estréia prevista para dezembro no Brasil, gera expectativa entre os adolescentes e repulsa entre seus pais.
Baseado na terceira série do jogo, "Doom III" (2004), o filme, que no Brasil se chamará "Doom: A Porta do Inferno", estreou no fim de outubro nos Estados Unidos.
"Doom" foi lançado no mercado em 1993, e depois vieram seqüências "The plutonia experiment", "Doom II" e, finalmente, "Doom III". Em suas três versões, o jogador precisa sair de um labirinto tentando matar os monstros que atravessam seu caminho.
"Os criadores do game se inspiraram em filmes como 'Evil Dead', de 1987, com cenas ultraviolentas e de terror; e na série 'Alien', sobretudo pelos monstros", explicou David Kushner, autor de "Masters of Doom", livro de referência do fenômeno.
O jogo acabou se tornando um sucesso extraordinário entre milhões de adolescentes, fascinados com o ambiente sinistro protagonizado por criaturas abomináveis.
Elaborado por John Carmack e John Romero, dois gênios da informática há apenas 20 anos, o primeiro "Doom" se tornou o videogame mais popular de sua época.
O jogo também foi o primeiro possível de se jogar conectado à rede. Enquanto o fenômeno crescia até ser considerado quase uma seita religiosa, várias universidades começaram a proibi-lo, com o temor de que seus usuários se tornassem viciados.
"Até agora organizamos torneios" do Doom de primeira geração, disse Jeff McAllister, 31, responsável pelo "Planetdoom", um dos sites na internet dedicados à série.
Não satisfeitos em terem criado um jogo com estilo gráfico sem igual e máximo realismo, seus criadores impuseram um sistema de vendas comparado ao dos traficantes de drogas, o que lhes garantiu fazer fortuna.
"Impuseram no mercado o modelo econômico dos vendedores de drogas", explicou Christopher Swaim, professor da Universidade do Sul da Califórnia. "Eles dão de presente os primeiros níveis e depois que os jogadores ficam viciados, lhes vendem a versão completa", acrescentou.
O videogame foi desenvolvido pela id Software e publicado pela Activision. Uma de suas três versões foi desenvolvida para PC, outra para Mac e uma terceira para o console Xbox.
"Doom" chamou a atenção de grupos cristãos americanos pela violência e seu simbolismo satânico. A polêmica começou em meio ao massacre de Columbine, em Littleton Colorado, que deixou 13 mortos em abril de 1999. O autor do massacre no colégio da tranqüila cidade era adepto do jogo.
Kushner explica seu ponto de vista, defendendo o "Doom". "Acho que há um problema de geração. As pessoas que não cresceram com o jogo não sabem do que se trata. Quando jogado o 'Doom', é preciso estar verdadeiramente mal para confundi-lo com a realidade", afirmou.
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