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20/02/2006 - 18h29

"Todos os Homens do Presidente" completa 30 anos

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ROCÍO AYUSO
da Efe, em Los Angeles

O filme "Todos os Homens do Presidente" ("All the President's Men") completa hoje 30 anos com uma nova edição em DVD (nos Estados Unidos), que só vem a ressaltar o quanto este longa-metragem, que conta como a imprensa provocou a queda de um presidente americano, segue atual.

Como admite seu co-protagonista e produtor, Robert Redford, o clássico de 1976 tem um componente educativo importante. "Constantemente recebo cartas de professores que mostram o filme a seus alunos e são eles os que podem traçar paralelismos entre o passado e o presente", ressalta em entrevista incluída no DVD, ao lado de depoimentos dos repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein.

Assim como o livro de mesmo título, o filme conta a investigação jornalística de Woodward e Bernstein que trouxe à luz o caso "Watergate", escândalo de escutas colocadas entre os democratas e que desgastou a imagem do republicano Richard Nixon na Presidência.

Os dois jornalistas reconhecem a ativa participação de Redford, tanto no livro como no filme. "O trabalho não pode ser melhor, já que mantém a história viva e com uma grande tensão dramática, apesar de o público já saber o final", ressalta Dustin Hoffman, que interpretou Bernstein. Redford fez o papel de Woodward.

No âmbito cinematográfico, "Todos os Homens do Presidente" conquistou quatro Oscar.

O ator George Clooney viveu ainda muito jovem o período do escândalo de Watergate, mas cita o filme como grande inspiração na hora de rodar seu último longa-metragem, "Boa Noite e Boa Sorte".

"Sabia que necessitava de pelo menos duas fontes para contrastar todos os dados", declarou Clooney à imprensa sobre a realização de um filme que mistura política e jornalismo, e que já foi indicado a seis Oscar este ano.

"Todos os Homens do Presidente" segue sendo também o melhor exemplo de jornalismo em um momento no qual o papel da imprensa foi colocado em xeque. Como lembra Bernstein no DVD, atualmente um escândalo como Watergate ficaria esquecido entre outras histórias.

O excesso de informação nos canais de notícias 24 horas, os contínuos debates e os "blogs" conservadores desviariam a atenção para outras histórias mais chamativas, segundo o jornalista.

"Além disso, se Watergate ocorresse agora, os jornalistas seriam presos por não revelarem suas fontes e não poderiam publicar a história", resume o colunista da revista "Newsweek" Jonathan Alter.

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