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06/03/2006 - 19h00

Crianças e adolescentes têm vantagem na Bienal

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KARINA KLINGER
da Folha Online

Com a presença de escritores brasileiros como Lygia Fagundes Telles, Ziraldo, Ferreira Gular, Moacyr Scliar, Nélida Piñon, entre outros, e poucos representantes da literatura estrangeira, a 19ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que acontece de 9 a 19 de março no Pavilhão de Exposições do Anhembi, já é chamada de a feira dos números e recordes.

Um otimismo das editoras que se revela, em princípio, um bom motivo de comemoração em um país, onde a leitura é apreciada por apenas 1/3 da população adulta alfabetizada. E a distribuição de livros é desigual: apenas 16% da população detêm 73% dos exemplares adquiridos.

Sediada em uma área de 57,6 mil m2 em um dos maiores espaços desde a sua criação em 1970, a Bienal espera receber 800 mil visitantes -- maior público de suas edições. Em 2004, menos de 600 mil pessoas passaram pela feira organizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL).

A maior comodidade devido ao imenso espaço, que certamente amenizará filas e esbarrões desagradáveis, é apenas um dos atrativos da feira para os consumidores de literatura.

São esperados 3 mil lançamentos, além da presença de 11 selos internacionais, 400 sessões de autógrafo, mais de 300 horas de programação com palestras e debates em um investimento financeiro em torno de R$ 18 milhões.

Esses números grandiosos têm feito com que a Bienal seja aclamada por profissionais do mercado editorial como o terceiro maior evento literário do mundo. Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, perderia apenas para a Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, a maior da indústria editorial mundial, e a BookExpo America, que acontece nos Estados Unidos.

Feira é especial para os mais jovens

Após pesquisar as novidades da Bienal, a reportagem percebeu que o público infanto-juvenil foi especialmente agraciado nesta edição. Os melhores lançamentos fazem parte desse gênero, que, em 2004, ganhou maior atenção das editoras. No período, foram produzidos mais de 11 milhões títulos do gênero infantil e 9 milhões na categoria juvenil. Somadas as produções chegam à quantia total de títulos no gênero adulto produzida no mesmo ano --mais de 22 milhões.

Um dos mais esperados é o novo livro do jornalista e escritor Ziraldo, "O Menino da Lua" (editora Melhoramentos), que fala sobre uma criança que sonha em fazer amizades, mas acaba passando por algumas dificuldades.
Do mesmo autor, outra novidade é uma edição especial comemorativa dos 25 anos de "O Menino Maluquinho". No livro da editora Globo, cartunistas e amigos de Ziraldo resolveram presenteá-lo com diversas versões do famoso garoto, que já virou filme.

Em forma de quadrinhos, é possível ver claramente os traços de Mauricio de Sousa, que faz do menino um parente próximo de Cebolinha, personagem da "Turma da Mônica". Até uma versão mangá, desenho animado japonês, o garoto de Ziraldo ganhou.

Escritor de ficção para adultos, mas com algumas aventuras no universo dos pequenos, o escritor Ignácio de Loyola Brandão lança na feira "O Segredo da Nuvem" (Global Editora). Na história, Ivo passa por uma série de situações inexplicáveis e curiosas.

A vida e a morte e a infância e a velhice são retratados de maneira bem particular por um dos mais renomados poetas brasileiros, o escritor Mario Quintana em "Sapato Furado" (editora Global). A obra chega em data importante. Se estivesse vivo, Quintana completaria 100 anos.

Consagrada na literatura infantil, Ruth Rocha também está bem representada nesta Bienal. A editora Melhoramentos traz sete obras da autora. Um delas é "Meu Amigo Dinossauro", no qual Ruth retrata a história de um dinossauro que aparece no jardim de Miguel. Outros livros da autora: "O Menino que quase virou Cachorro", "A Menina que não era Maluquinha", "A Lojinha Secreta das Fadas", "Meu irmãozinho me atrapalha", "Meus lápis de cor só meus", "O Dia em que Miguel estava muito triste" e "Quando Miguel entrou na escola".

Vale citar outros lançamentos, como "Michillo" (editora Paulinas), de Cláudia Ramos, um gato poeta que não se desgruda da máquina de escrever. A turma do programa "Cocoricó", na TV Cultura, também vem em uma coleção imperdível lançada pela Melhoramentos.

Outros destaques são: "Limeriques da Coroa Implicante" (também da editora Paulinas), de Tatiana Belinky, que narra o cotidiano de uma personagem implicante. E por fim o "A Festa da Princesa que Beleza" (da editora Difusão Cultural do Livro), de Elias José, uma adaptação de um conto de Câmara Cascudo.

Já os adolescentes fãs de futebol ganharam da editora Ática um livro de crônicas especial. Treze cronistas, como Armando Nogueira, Fernando Sabino, Carlos Drummond de Andrade, entre outros, revelam em textos criativos o quanto o futebol pode ter em comum com a literatura.

Outra boa opção para os mais velhos é "O Prazer da Prosa" (Scipione), com textos de Tatiana Belinky e Moacyr Scliar. A coleção traz narrativas de qualidade literária e tem como público alvo crianças a partir de 11 anos.

19ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo
Quando: de 9 a 19 de março, das 10h às 22h
Onde: Pavilhão de Exposições do Anhembi (av. Olavo Fontoura, 1.209, Santana)
Telefone: 0/xx/11/6226-0400
Quanto: R$ 10 (R$ 5 a meia-entrada); site oficial(www.bienaldolivrosp.com.br) vende ingressos
Crianças até 12 anos e adultos acima de 65 anos não pagam.
Professores em exercício, autores, bibliotecários e profissionais do livro (mediante comprovação) não pagam também. O ingresso é gratuito para portadores de necessidades especiais.

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