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02/06/2006
-
11h36
DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online
Um certo presidente dos EUA, interpretado por Leslie Nielsen, aparece numa sala de aula ouvindo histórias infantis. Seu segurança diz que a população está sob ataque e... pronto. Lá se foi uma das poucas cenas engraçadas dos 83 minutos de "Todo Mundo em Pânico 4" ("Scary Movie 4"), que estréia nesta sexta-feira (2).
Cindy Campell (Anna Faris), protagonista da franquia que tem como mote caçoar de filmes de terror, tenta impedir uma invasão alienígena. A ameaça vem dos triPods, enormes tocadores de MP3 malignos que emergem do subsolo. Cindy conta com a ajuda da ninfomaníaca Brenda (Regina Hall) e do abobado Tom Ryan (Craig Bierko), que quer se reconciliar com os filhos.
Esta seqüência foca um número ainda maior de histórias de horror, diminuindo os personagens nonsense das tramas anteriores. Resultado: quem for ver "Todo Mundo em Pânico 4" --e quiser que o dinheiro do ingresso renda algumas risadas-- precisa ao menos conhecer outros seis títulos.
A fórmula que rendeu mais de US$ 150 milhões ao primeiro longa da série (curiosamente, mais que todos os filmes que ele mesmo satirizou) já soa inocente. Prova disto é que as tiradas mais rentáveis (ou seja, as mais virulentas) são direcionadas a dois dramas, "O Segredo de Brokeback Mountain" e "Menina de Ouro". Outras menções estão em "Jogos Mortais", "O Grito", "A Vila" e principalmente "Guerra dos Mundos".
O filme também mostra ambições mais restritas ao público norte-americano que seus anteriores. Uma parcela pequena do espectador brasileiro deve gargalhar de cenas que ironizam o estilo de jogo de Shaquille O'neal na NBA (liga de basquete norte-americana) ou que remetem ao Dr. Phillip C. McGraw, autor de best-sellers sobre emagrecimento e crises conjugais.
Quando o diretor David Zucker decide, enfim, pegar pesado com estrelas de Hollywood mundialmente conhecidas, trata-se de uma piada requentada ou de uma passagem muito mais cômica na vida real. Michael Jackson, por exemplo, está na eterna paródia com criancinhas. Já a aparição de Tom Cruise pulando no sofá da apresentadora Oprah Winfrey é mais engraçada quando vista no YouTube.com, com Cruise fazendo o improvável papel de si.
Zucker entrou para a série no terceiro episódio (2003), no lugar de Keenen Ivory Wayas, que fracassou no "Todo Mundo em Pânico 2". A parceria deu certo no "Todo Mundo em Pânico 3", mas sua continuação cai na mesma armadilha que fisgou seu antecessor.
As piadas estão mais rápidas, menos criativas, menos risíveis. Para o bem ou para o mal, diminuiu-se sensivelmente a escatologia. A classificação indicativa continua nos 14 anos.
Quando entrar nas salas brasileiras o filme disputa público com "X-Men - O Confronto Final", mas não deve incomodar o segundo fim-de-semana dos mutantes em sua batalha mais esperada.
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"Todo Mundo em Pânico 4" lidera bilheterias dos EUA
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Leia o que já foi publicado sobre o filme "Todo Mundo em Pânico"
"Todo Mundo em Pânico 4" se repete e diverte pouco
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da Folha Online
Um certo presidente dos EUA, interpretado por Leslie Nielsen, aparece numa sala de aula ouvindo histórias infantis. Seu segurança diz que a população está sob ataque e... pronto. Lá se foi uma das poucas cenas engraçadas dos 83 minutos de "Todo Mundo em Pânico 4" ("Scary Movie 4"), que estréia nesta sexta-feira (2).
Cindy Campell (Anna Faris), protagonista da franquia que tem como mote caçoar de filmes de terror, tenta impedir uma invasão alienígena. A ameaça vem dos triPods, enormes tocadores de MP3 malignos que emergem do subsolo. Cindy conta com a ajuda da ninfomaníaca Brenda (Regina Hall) e do abobado Tom Ryan (Craig Bierko), que quer se reconciliar com os filhos.
Divulgação |
Anna Faris faz paródia a "Menina de Ouro" |
A fórmula que rendeu mais de US$ 150 milhões ao primeiro longa da série (curiosamente, mais que todos os filmes que ele mesmo satirizou) já soa inocente. Prova disto é que as tiradas mais rentáveis (ou seja, as mais virulentas) são direcionadas a dois dramas, "O Segredo de Brokeback Mountain" e "Menina de Ouro". Outras menções estão em "Jogos Mortais", "O Grito", "A Vila" e principalmente "Guerra dos Mundos".
O filme também mostra ambições mais restritas ao público norte-americano que seus anteriores. Uma parcela pequena do espectador brasileiro deve gargalhar de cenas que ironizam o estilo de jogo de Shaquille O'neal na NBA (liga de basquete norte-americana) ou que remetem ao Dr. Phillip C. McGraw, autor de best-sellers sobre emagrecimento e crises conjugais.
Quando o diretor David Zucker decide, enfim, pegar pesado com estrelas de Hollywood mundialmente conhecidas, trata-se de uma piada requentada ou de uma passagem muito mais cômica na vida real. Michael Jackson, por exemplo, está na eterna paródia com criancinhas. Já a aparição de Tom Cruise pulando no sofá da apresentadora Oprah Winfrey é mais engraçada quando vista no YouTube.com, com Cruise fazendo o improvável papel de si.
Divulgação |
Tom Ryan tenta ser mais engraçado que Cruise |
Zucker entrou para a série no terceiro episódio (2003), no lugar de Keenen Ivory Wayas, que fracassou no "Todo Mundo em Pânico 2". A parceria deu certo no "Todo Mundo em Pânico 3", mas sua continuação cai na mesma armadilha que fisgou seu antecessor.
As piadas estão mais rápidas, menos criativas, menos risíveis. Para o bem ou para o mal, diminuiu-se sensivelmente a escatologia. A classificação indicativa continua nos 14 anos.
Quando entrar nas salas brasileiras o filme disputa público com "X-Men - O Confronto Final", mas não deve incomodar o segundo fim-de-semana dos mutantes em sua batalha mais esperada.
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