Publicidade
Publicidade
23/06/2006
-
14h51
da France Presse, em Londres
A imagem de Ernesto 'Che' Guevara, o revolucionário argentino morto em 1967, na tentativa fracassada de levar a revolução até a Bolívia, se tornou desde então uma mina de ouro que ajuda a vender de óculos a preservativos. O poder de sua fotografia é confirmado em uma exposição londrina, intitulada "Che Guevara: Revolucionário e Ícone".
A mostra ficará aberta até agosto no Victoria & Albert de Londres --um dos museus de artes aplicadas mais importantes do mundo-- e se centra na foto do Che tirada pelo cubano Alberto "Korda" em 1960.
Esta imagem do "guerrilheiro heróico", com boina e olhar sonhador, foi captada por Korda na época em que Che ministro cubano da Indústria, e participava do funeral de mais de cem cubanos mortos na explosão de um barco belga no porto de Havana. É a foto mais difundida e reproduzida no mundo inteiro, segundo Trisha Ziff, curadora da exposição.
Usando cartazes, filmes, roupas e objetos comerciais e artísticos inspirados nesta foto e procedentes de mais de 30 países, a mostra no Museu Victoria & Albert resgata "a narrativa" desta imagem.
Korda, cujo nome real era Alberto Díaz Gutiérrez, tirou apenas duas fotos do Che durante este ato, segundo mostra o museu londrino, que exibe o filme usado pelo fotógrafo cubano.
Após a morte do líder, a imagem se tornou um testamento trágico de uma causa perdida, passando para a posteridade como um símbolo da luta contra o sistema capitalista e a sociedade de consumo.
Imagem lucrativa
Mas a imagem do líder revolucionário também deu origem a uma milionária indústria que a usa em uma variedade de produtos de consumo.
No México, a figura do Che está presente em preservativos, enquanto nos Estados Unidos aparece estampada em caixas de lenços descartáveis, garrafas de vinho na França e maços de cigarro na Espanha.
Uma empresa australiana chegou a lançar um sabor de sorvete inspirado no nome do líder guerrilheiro: "Cherry Guevara" e uma fabricante de cremes para lábios sabor goiaba a usou como imagem da marca. "Rebele-se contra a secura dos lábios", diz o anúncio.
Recentemente o estilista francês Jean Paul Gaultier a usou para vender óculos de sol e Madonna vestiu a boina do guerrilheiro heróico para vender seu álbum "American Life".
Para organizar a mostra no museu londrino, os curadores vasculharam mercados e a internet em busca de objetos. Encontraram também camisetas de todas as cores com a imagem estampada do Che e seu olhar enigmático para o porvir.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Ernesto Che Guevara
Exposição sobre imagem de Che discute ícone em Londres
Publicidade
A imagem de Ernesto 'Che' Guevara, o revolucionário argentino morto em 1967, na tentativa fracassada de levar a revolução até a Bolívia, se tornou desde então uma mina de ouro que ajuda a vender de óculos a preservativos. O poder de sua fotografia é confirmado em uma exposição londrina, intitulada "Che Guevara: Revolucionário e Ícone".
A mostra ficará aberta até agosto no Victoria & Albert de Londres --um dos museus de artes aplicadas mais importantes do mundo-- e se centra na foto do Che tirada pelo cubano Alberto "Korda" em 1960.
Reprodução |
A imagem de Che inspirou diversos artistas |
Usando cartazes, filmes, roupas e objetos comerciais e artísticos inspirados nesta foto e procedentes de mais de 30 países, a mostra no Museu Victoria & Albert resgata "a narrativa" desta imagem.
Korda, cujo nome real era Alberto Díaz Gutiérrez, tirou apenas duas fotos do Che durante este ato, segundo mostra o museu londrino, que exibe o filme usado pelo fotógrafo cubano.
Após a morte do líder, a imagem se tornou um testamento trágico de uma causa perdida, passando para a posteridade como um símbolo da luta contra o sistema capitalista e a sociedade de consumo.
Imagem lucrativa
Mas a imagem do líder revolucionário também deu origem a uma milionária indústria que a usa em uma variedade de produtos de consumo.
No México, a figura do Che está presente em preservativos, enquanto nos Estados Unidos aparece estampada em caixas de lenços descartáveis, garrafas de vinho na França e maços de cigarro na Espanha.
Uma empresa australiana chegou a lançar um sabor de sorvete inspirado no nome do líder guerrilheiro: "Cherry Guevara" e uma fabricante de cremes para lábios sabor goiaba a usou como imagem da marca. "Rebele-se contra a secura dos lábios", diz o anúncio.
Recentemente o estilista francês Jean Paul Gaultier a usou para vender óculos de sol e Madonna vestiu a boina do guerrilheiro heróico para vender seu álbum "American Life".
Para organizar a mostra no museu londrino, os curadores vasculharam mercados e a internet em busca de objetos. Encontraram também camisetas de todas as cores com a imagem estampada do Che e seu olhar enigmático para o porvir.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice