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18/07/2006
-
20h29
da Folha Online
O ator paulistano Raul Cortez, 73, morreu nesta terça-feira (18), às 20h15, no hospital Sírio-Libanês, na Bela Vista (região central de São Paulo). Ele estava internado desde o último dia 30 de junho. O artista tinha câncer na região abdominal. Seu último trabalho foi na minissérie "JK" (Globo) neste ano, mas a lembrança mais presente é do personagem Jeremias Berdinazzi, imigrante italiano ranzinza da novela "O Rei do Gado" (1996-1997).
Em comunicado, o hospital citou que a morte ocorreu devido às "complicações relacionadas a um câncer na região abdominal". Ele estava sendo tratado pelo oncologista Paulo Hoff e pelo cirurgião Vincenzo Pugliese.
O velório será nesta quarta-feira, a partir das 7h, no Theatro Municipal de São Paulo, no centro de SP. A seu pedido, o corpo será cremado, na Vila Alpina (zona leste de SP), informou o hospital.
Em dezembro de 2004, Cortez foi operado para retirada de um tumor na região do pâncreas e intestino delgado. Na época, ele interpretava o personagem Barão de Bonsucesso em "Senhora do Destino" (2004-2005) e teve de deixar as gravações da novela da Globo. Após a cirurgia, fez tratamento quimioterápico.
Em junho de 2005, o ator surpreendeu desfilando com elegância na São Paulo Fashion Week, sendo aplaudido por dez minutos pelo público.
Novelas e política
Cortez ficou famoso na TV em novelas na Globo, a partir dos anos 80, como
"Água Viva" (1980), "Baila Comigo" (1981), "Partido Alto", "Brega & Chique" (1987), "Mandala" (1987-1988), "Rainha da Sucata" (1990), "O Rei do Gado" (1996-1997), "Terra Nostra" (1999-2000) e "Esperança" (2002-2003).
Em sua carreira teatral, Cortez recebeu cinco prêmios Molière. O ator deixa duas filhas: Lígia (com a atriz Célia Helena, que faleceu em 97), que lhe deu as netas Vitória e Clara; e Maria (com a promoter Tânia Caldas). Nos anos 70, ele provocou polêmica declarando a uma revista que todas as pessoas eram bissexuais. Também dizia que permaneceu virgem até os 23 anos.
O ator começou sua carreira no teatro e no cinema, nos anos 50. Fez o filme "O Pão Que o Diabo Amassou" (1957), dirigido pela cineasta Maria Basaglia. Outras atuações de destaque foram nos filmes "Lavoura Arcaica" (2001), de de Luiz Fernando Carvalho, e "A Grande Arte" (1991), de Walter Salles. Em 2004, brilhou ao lado de Fernanda Montenegro no filme "O Outro Lado da Rua", de Marcos Bernstein.
Cortez também tinha uma atuação política. Em 2002, declarou voto ao presidenciável tucano José Serra e fez até uma aparição em seu programa eleitoral. O ator chegou a ser condecorado com a medalha Ordem de Rio Branco pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Segundo a assessoria da Globo, Cortez nasceu no dia 28 de agosto de 1932, na região de Santo Amaro, em São Paulo. Inicialmente, o hospital havia divulgado erroneamente que Cortez tinha 74 anos.
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Ator Raul Cortez, 73, morre vítima de câncer em São Paulo
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O ator paulistano Raul Cortez, 73, morreu nesta terça-feira (18), às 20h15, no hospital Sírio-Libanês, na Bela Vista (região central de São Paulo). Ele estava internado desde o último dia 30 de junho. O artista tinha câncer na região abdominal. Seu último trabalho foi na minissérie "JK" (Globo) neste ano, mas a lembrança mais presente é do personagem Jeremias Berdinazzi, imigrante italiano ranzinza da novela "O Rei do Gado" (1996-1997).
Folha Imagem |
Natural de São Paulo, o ator Raul Cortez atuava na TV, no teatro e no cinema |
O velório será nesta quarta-feira, a partir das 7h, no Theatro Municipal de São Paulo, no centro de SP. A seu pedido, o corpo será cremado, na Vila Alpina (zona leste de SP), informou o hospital.
Em dezembro de 2004, Cortez foi operado para retirada de um tumor na região do pâncreas e intestino delgado. Na época, ele interpretava o personagem Barão de Bonsucesso em "Senhora do Destino" (2004-2005) e teve de deixar as gravações da novela da Globo. Após a cirurgia, fez tratamento quimioterápico.
Em junho de 2005, o ator surpreendeu desfilando com elegância na São Paulo Fashion Week, sendo aplaudido por dez minutos pelo público.
Novelas e política
Divulgação |
Ator como o ranzinza Berdinazzi em "O Rei do Gado"; veja mais imagens |
"Água Viva" (1980), "Baila Comigo" (1981), "Partido Alto", "Brega & Chique" (1987), "Mandala" (1987-1988), "Rainha da Sucata" (1990), "O Rei do Gado" (1996-1997), "Terra Nostra" (1999-2000) e "Esperança" (2002-2003).
Em sua carreira teatral, Cortez recebeu cinco prêmios Molière. O ator deixa duas filhas: Lígia (com a atriz Célia Helena, que faleceu em 97), que lhe deu as netas Vitória e Clara; e Maria (com a promoter Tânia Caldas). Nos anos 70, ele provocou polêmica declarando a uma revista que todas as pessoas eram bissexuais. Também dizia que permaneceu virgem até os 23 anos.
O ator começou sua carreira no teatro e no cinema, nos anos 50. Fez o filme "O Pão Que o Diabo Amassou" (1957), dirigido pela cineasta Maria Basaglia. Outras atuações de destaque foram nos filmes "Lavoura Arcaica" (2001), de de Luiz Fernando Carvalho, e "A Grande Arte" (1991), de Walter Salles. Em 2004, brilhou ao lado de Fernanda Montenegro no filme "O Outro Lado da Rua", de Marcos Bernstein.
Cortez também tinha uma atuação política. Em 2002, declarou voto ao presidenciável tucano José Serra e fez até uma aparição em seu programa eleitoral. O ator chegou a ser condecorado com a medalha Ordem de Rio Branco pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Segundo a assessoria da Globo, Cortez nasceu no dia 28 de agosto de 1932, na região de Santo Amaro, em São Paulo. Inicialmente, o hospital havia divulgado erroneamente que Cortez tinha 74 anos.
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