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18/12/2006
-
09h57
da Efe, em Pequim
Uma nova edição da autobiografia "Último Imperador", que inclui pela primeira vez fatos como o assassinato de um filho ilegítimo de sua esposa, chegou neste fim de semana às livrarias chinesas, onde espera-se que se transforme em um sucesso de vendas.
O livro é uma nova versão da autobiografia escrita pelo deposto soberano Pu Yi (1905-1967), que inspirou o famoso filme de Bernardo Bertolucci, "O Último Imperador".
Publicado pela editora Qunzhong, o livro inclui novos dados sobre a prisão de Pu Yi, entre 1949 e 1959, com dois manuscritos achados em 2004, nos quais o imperador contava sua vida carcerária.
Entre os novos fragmentos do livro destaca-se aquele no qual Pu Yi conta que uma de suas esposas, a imperatriz Wan Rong, teve um filho com um amante japonês.
O bebê foi assassinado em água fervendo logo após nascer, o que foi escondido da mãe, que sempre achou que seu filho tinha sido levado para fora do palácio para que cuidassem dele --algo muito habitual em uma época na qual o imperador tinha dezenas de filhos com concubinas.
A nova edição também revela que Pu Yi mentiu quando foi julgado pelo tribunal internacional criado para condenar crimes de guerra do Exército japonês.
A maior parte da autobiografia foi escrita por Pu Yi na prisão, e a obra foi usada depois, durante a Revolução Cultural, como exemplo dos sucessos da "reeducação", já que o autor manifesta em suas páginas estar arrependido de ter sido um imperador.
Pu Yi foi coroado em 1908, com apenas três anos, e derrubado na revolução de 1911, com seis, embora tenha continuado vivendo na prisão dourada da Cidade Proibida, até 1924.
Nos anos 30, foi coroado rei de Manchukuo, estado criado pelos japoneses no nordeste da China durante sua invasão ao país, o que o levou a ser declarado criminoso de guerra e a ficar preso durante uma década após a Segunda Guerra Mundial.
Imortalizado por Bernardo Bertolucci em seu filme "O Último Imperador", Aisin Giorro (o verdadeiro nome de Pu Yi) foi o último membro no poder da dinastia manchu.
Foi para o presídio de Fushuen em 1949, com mais 1350 "criminosos de guerra" japoneses, manchus e chineses. Durante oito anos aprendeu a profissão de jardineiro, como parte do processo de reeducação a que foi submetido em nome do "humanismo revolucionário socialista".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Bernardo Bertolucci
Nova edição de "Último Imperador" chega às livrarias chinesas
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Uma nova edição da autobiografia "Último Imperador", que inclui pela primeira vez fatos como o assassinato de um filho ilegítimo de sua esposa, chegou neste fim de semana às livrarias chinesas, onde espera-se que se transforme em um sucesso de vendas.
O livro é uma nova versão da autobiografia escrita pelo deposto soberano Pu Yi (1905-1967), que inspirou o famoso filme de Bernardo Bertolucci, "O Último Imperador".
Publicado pela editora Qunzhong, o livro inclui novos dados sobre a prisão de Pu Yi, entre 1949 e 1959, com dois manuscritos achados em 2004, nos quais o imperador contava sua vida carcerária.
Entre os novos fragmentos do livro destaca-se aquele no qual Pu Yi conta que uma de suas esposas, a imperatriz Wan Rong, teve um filho com um amante japonês.
O bebê foi assassinado em água fervendo logo após nascer, o que foi escondido da mãe, que sempre achou que seu filho tinha sido levado para fora do palácio para que cuidassem dele --algo muito habitual em uma época na qual o imperador tinha dezenas de filhos com concubinas.
A nova edição também revela que Pu Yi mentiu quando foi julgado pelo tribunal internacional criado para condenar crimes de guerra do Exército japonês.
A maior parte da autobiografia foi escrita por Pu Yi na prisão, e a obra foi usada depois, durante a Revolução Cultural, como exemplo dos sucessos da "reeducação", já que o autor manifesta em suas páginas estar arrependido de ter sido um imperador.
Pu Yi foi coroado em 1908, com apenas três anos, e derrubado na revolução de 1911, com seis, embora tenha continuado vivendo na prisão dourada da Cidade Proibida, até 1924.
Nos anos 30, foi coroado rei de Manchukuo, estado criado pelos japoneses no nordeste da China durante sua invasão ao país, o que o levou a ser declarado criminoso de guerra e a ficar preso durante uma década após a Segunda Guerra Mundial.
Imortalizado por Bernardo Bertolucci em seu filme "O Último Imperador", Aisin Giorro (o verdadeiro nome de Pu Yi) foi o último membro no poder da dinastia manchu.
Foi para o presídio de Fushuen em 1949, com mais 1350 "criminosos de guerra" japoneses, manchus e chineses. Durante oito anos aprendeu a profissão de jardineiro, como parte do processo de reeducação a que foi submetido em nome do "humanismo revolucionário socialista".
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