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31/01/2007
-
13h41
da Ansa, em Los Angeles
O elenco é internacional, o diretor é inglês, o diretor de fotografia é brasileiro e o autor do romance que inspirou o filme é o colombiano Gabriel García Márquez. A transposição cinematográfica de 'O Amor nos Tempos do Cólera', que estréia nos cinemas no outono do hemisfério norte, tomou forma em Cartagena de las Indias, na Colômbia, pátria do escritor apelidado de Gabo.
O desafio, segundo o produtor Scott Steindorff, é tornar palatável para o público norte-americano, viciado em comédias românticas, uma história de amor em que, como nota o jornal "Los Angeles Times" em longo artigo, "os protagonistas têm mais de 30 anos e não se chamam Angelina Jolie e Brad Pitt".
"Me chamam de louco. Segundo os critérios hollywoodianos, não me comporto como uma pessoa normal", disse Steindorff. Em vez de se ater aos cânones seguros de Los Angeles, o produtor decidiu rodar o filme num país marcado pela guerra civil e se rodear de artistas de todos os cantos do planeta: o diretor Mike Newell (o mesmo de "Quatro Casamentos e um Funeral") é inglês, Affonso Beato, diretor de fotografia, é brasileiro, enquanto o roteirista, Ronald Harwood, é sul-africano.
Entre os atores do filme produzido pela norte-americana New Line, além da italiana Giovanna Mezzogiorno, estão a brasileira Fernanda Montenegro o colombiano John Leguizamo (o doutor Victor Clemente de "Plantão Médico"), a mexicana Laura Harring (de "Cidade dos Sonhos"), o espanhol Javier Bardem e apenas dois norte-americanos: Benjamin Bratt e Liev Schreiber.
O elenco é enorme e, além de 6.000 figurantes, foram chamados estrelas das Américas Central e do Sul, como Catalina Sandino Moreno (a protagonista de "Maria Cheia de Graça", pelo qual foi indicada ao Oscar), Claudia Talancon (de "Fast Food Nation") e Angie Cepeda (de "Love for Rent").
Nas palavras do jornalista de Los Angeles Reed Johnson, o romance de Márquez é 'uma ode à fidelidade espiritual e ao sexo septuagenário' e o protagonista, Florentino Ariza (interpretado por Bardem), é 'uma espécie de Dante tropical'.
Livro
No livro publicado em 1985, o escritor colombiano conta a história de um amor paciente, infinito (que durou exatamente 53 anos, sete meses e 11 dias) e terminou de forma infeliz. É a história de Florentino, poeta e proprietário da Companhia Fluvial do Caribe, apaixonado por Fermina Daza (que será interpretada por Giovanna Mezzogiorno), que acaba se casando com outro (Benjamin Bratt).
O livro é a crônica de uma longa espera, de um desejo que, em vez de perder força, apenas aumenta com o passar do tempo. "Fizemos o possível para nos mantermos fiéis ao livro e por isso decidimos filmar em Cartagena, onde a história é ambientada", disse o produtor.
García Márquez, que afirmou no passado ter escrito o livro inspirado na história de amor vivida por seus pais, e a princípio se recusara a ceder os direitos do romance, acabou liberando a produção com a exigência de poder de veto sobre o produto final. "Mas ele mesmo nos aconselhou a não ficarmos tão presos ao romance. Ele nos encorajou a tomar certa distância para criar algo autônomo, mas mantendo certa fidelidade. A fidelidade, como se aprende neste filme, é sempre relativa", conclui Steindorff.
Especial
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O elenco é internacional, o diretor é inglês, o diretor de fotografia é brasileiro e o autor do romance que inspirou o filme é o colombiano Gabriel García Márquez. A transposição cinematográfica de 'O Amor nos Tempos do Cólera', que estréia nos cinemas no outono do hemisfério norte, tomou forma em Cartagena de las Indias, na Colômbia, pátria do escritor apelidado de Gabo.
O desafio, segundo o produtor Scott Steindorff, é tornar palatável para o público norte-americano, viciado em comédias românticas, uma história de amor em que, como nota o jornal "Los Angeles Times" em longo artigo, "os protagonistas têm mais de 30 anos e não se chamam Angelina Jolie e Brad Pitt".
"Me chamam de louco. Segundo os critérios hollywoodianos, não me comporto como uma pessoa normal", disse Steindorff. Em vez de se ater aos cânones seguros de Los Angeles, o produtor decidiu rodar o filme num país marcado pela guerra civil e se rodear de artistas de todos os cantos do planeta: o diretor Mike Newell (o mesmo de "Quatro Casamentos e um Funeral") é inglês, Affonso Beato, diretor de fotografia, é brasileiro, enquanto o roteirista, Ronald Harwood, é sul-africano.
Entre os atores do filme produzido pela norte-americana New Line, além da italiana Giovanna Mezzogiorno, estão a brasileira Fernanda Montenegro o colombiano John Leguizamo (o doutor Victor Clemente de "Plantão Médico"), a mexicana Laura Harring (de "Cidade dos Sonhos"), o espanhol Javier Bardem e apenas dois norte-americanos: Benjamin Bratt e Liev Schreiber.
O elenco é enorme e, além de 6.000 figurantes, foram chamados estrelas das Américas Central e do Sul, como Catalina Sandino Moreno (a protagonista de "Maria Cheia de Graça", pelo qual foi indicada ao Oscar), Claudia Talancon (de "Fast Food Nation") e Angie Cepeda (de "Love for Rent").
Nas palavras do jornalista de Los Angeles Reed Johnson, o romance de Márquez é 'uma ode à fidelidade espiritual e ao sexo septuagenário' e o protagonista, Florentino Ariza (interpretado por Bardem), é 'uma espécie de Dante tropical'.
Livro
No livro publicado em 1985, o escritor colombiano conta a história de um amor paciente, infinito (que durou exatamente 53 anos, sete meses e 11 dias) e terminou de forma infeliz. É a história de Florentino, poeta e proprietário da Companhia Fluvial do Caribe, apaixonado por Fermina Daza (que será interpretada por Giovanna Mezzogiorno), que acaba se casando com outro (Benjamin Bratt).
O livro é a crônica de uma longa espera, de um desejo que, em vez de perder força, apenas aumenta com o passar do tempo. "Fizemos o possível para nos mantermos fiéis ao livro e por isso decidimos filmar em Cartagena, onde a história é ambientada", disse o produtor.
García Márquez, que afirmou no passado ter escrito o livro inspirado na história de amor vivida por seus pais, e a princípio se recusara a ceder os direitos do romance, acabou liberando a produção com a exigência de poder de veto sobre o produto final. "Mas ele mesmo nos aconselhou a não ficarmos tão presos ao romance. Ele nos encorajou a tomar certa distância para criar algo autônomo, mas mantendo certa fidelidade. A fidelidade, como se aprende neste filme, é sempre relativa", conclui Steindorff.
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