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09/02/2007
-
19h37
da France Presse, em Berlim
O cineasta americano Steven Soderbergh recriou em preto e branco uma Berlim devastada na Segunda Guerra Mundial em "The Good German" (traduzido no Brasil como "O Segredo de Berlim") --filme que tem Clooney e Cate Blanchet no elenco, e que foi exibido nesta sexta-feira no segundo dia do Festival de Cinema de Berlim sob vaias da imprensa que assistiu à sessão especial.
Mal acolhido nos Estados Unidos, onde teve uma bilheteria decepcionante, "O Segredo de Berlim" era um dos filmes mais esperados da Berlinale, apesar da ausência de George Clooney no festival, que, no ano passado, veio para exibir "Syriana - A Indústria do Petróleo".
Adaptado do romance homônimo de Joseph Kanon, "O Segredo de Berlim" recria a atmosfera apocalíptica de uma cidade arrasada pelos bombardeios dos Aliados, durante a conferência de Postdam, no verão de 1945.
A história se centra na investigação feita pelo jornalista americano Jake Geismer (George Clooney), enviado a Berlim por seu jornal para cobrir a conferência e que tenta esclarecer o obscuro passado de um antigo amor, Lena Brandt (Cate Blanchett). Ela se tornou amante de Tully (Tobey Maguire), um corrupto soldado americano que prospera graças ao mercado negro que se desenvolveu na cidade durante a guerra.
Enquanto os hierarcas nazistas são julgados e é anunciada a divisão do mundo em dois blocos, Geismer reencontra uma cidade em ruínas, cenário de todo tipo de tráfico, onde cada um tenta sobreviver e esconder seu passado.
Reivindicando a influência de grandes filmes policiais americanos da década de 1940, como "Casablanca", de Michael Curtiz, Soderberg imita a forma de realizá-los, lançando mão dos mesmos procedimentos, com objetivos antigos, transparências e "booms" (microfones com extensão) no lugar de microfones individuais.
Soderbergh, que ganhou o Oscar por "Traffic" e dirige Clooney pela quinta vez, exigiu de seus intérpretes que reproduzissem a linguagem dramática da década de 1940, e compôs de forma muito estudada os ambientes, os enfoques e a iluminação.
O filme foi quase todo rodado em estúdios com cenários artificiais, assim como as produções de Hollywood da época. Em algumas cenas, o cineasta usou imagens de Berlim filmadas por Billy Wilder para sua comédia "A Mundana" (1948).
Nos Estados Unidos, a crítica se dividiu sobre o filme, com alguns ressaltando seu sucesso técnico, denominando-o de objeto belo, mas sem emoção.
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O cineasta americano Steven Soderbergh recriou em preto e branco uma Berlim devastada na Segunda Guerra Mundial em "The Good German" (traduzido no Brasil como "O Segredo de Berlim") --filme que tem Clooney e Cate Blanchet no elenco, e que foi exibido nesta sexta-feira no segundo dia do Festival de Cinema de Berlim sob vaias da imprensa que assistiu à sessão especial.
Mal acolhido nos Estados Unidos, onde teve uma bilheteria decepcionante, "O Segredo de Berlim" era um dos filmes mais esperados da Berlinale, apesar da ausência de George Clooney no festival, que, no ano passado, veio para exibir "Syriana - A Indústria do Petróleo".
Divulgação |
"O Segredo de Berlim" (The Good German), de Steven Soderbergh, é vaiado em festival |
A história se centra na investigação feita pelo jornalista americano Jake Geismer (George Clooney), enviado a Berlim por seu jornal para cobrir a conferência e que tenta esclarecer o obscuro passado de um antigo amor, Lena Brandt (Cate Blanchett). Ela se tornou amante de Tully (Tobey Maguire), um corrupto soldado americano que prospera graças ao mercado negro que se desenvolveu na cidade durante a guerra.
Enquanto os hierarcas nazistas são julgados e é anunciada a divisão do mundo em dois blocos, Geismer reencontra uma cidade em ruínas, cenário de todo tipo de tráfico, onde cada um tenta sobreviver e esconder seu passado.
Reivindicando a influência de grandes filmes policiais americanos da década de 1940, como "Casablanca", de Michael Curtiz, Soderberg imita a forma de realizá-los, lançando mão dos mesmos procedimentos, com objetivos antigos, transparências e "booms" (microfones com extensão) no lugar de microfones individuais.
Soderbergh, que ganhou o Oscar por "Traffic" e dirige Clooney pela quinta vez, exigiu de seus intérpretes que reproduzissem a linguagem dramática da década de 1940, e compôs de forma muito estudada os ambientes, os enfoques e a iluminação.
O filme foi quase todo rodado em estúdios com cenários artificiais, assim como as produções de Hollywood da época. Em algumas cenas, o cineasta usou imagens de Berlim filmadas por Billy Wilder para sua comédia "A Mundana" (1948).
Nos Estados Unidos, a crítica se dividiu sobre o filme, com alguns ressaltando seu sucesso técnico, denominando-o de objeto belo, mas sem emoção.
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