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20/04/2007
-
09h46
RICARDO CALIL
do Guia da Folha
Baseado no livro homônimo de frei Beto, "Batismo de Sangue" mostra como freis dominicanos --entre eles o próprio Betto (Daniel de Oliveira) e Tito (Caio Blat)-- foram perseguidos, presos e torturados no Brasil dos anos 60 e 70 por dar suporte à luta armada contra o governo militar.
Havia nessa premissa a possibilidade de um bom filme, que explorasse o conflito interno de freis educados para pregar a paz, mas dispostos a apoiar a guerrilha. No entanto, os religiosos retratados parecem nunca ter dúvidas sobre o acerto de suas opções --o que esvazia seu interesse como personagens.
Em vez desse confronto, o diretor mineiro Helvécio Ratton ("Uma Onda no Ar") prefere apostar em um caminho mais fácil e redundante, o do embate entre os freis e os torturadores, incluindo o infame delegado Fleury (Cássio Gabus Mendes). Essa escolha levanta a seguinte questão: quantos filmes o cinema brasileiro ainda precisa fazer para nos lembrar que torturadores eram algozes e os torturados, suas vítimas?
Para dizimar qualquer dúvida do espectador, o longa apresenta cenas de tortura explícita. Nesses momentos, Ratton prefere deixar de lado o poder de sugestão do cinema e investir em um naturalismo sensacionalista.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre frei Betto
Livro de frei Betto resulta em "Batismo de Sangue" sensacionalista
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do Guia da Folha
Baseado no livro homônimo de frei Beto, "Batismo de Sangue" mostra como freis dominicanos --entre eles o próprio Betto (Daniel de Oliveira) e Tito (Caio Blat)-- foram perseguidos, presos e torturados no Brasil dos anos 60 e 70 por dar suporte à luta armada contra o governo militar.
Divulgação |
Daniel de Oliveira e Caio Blat em "Batismo de Sangue", do cineasta Helvécio Ratton |
Em vez desse confronto, o diretor mineiro Helvécio Ratton ("Uma Onda no Ar") prefere apostar em um caminho mais fácil e redundante, o do embate entre os freis e os torturadores, incluindo o infame delegado Fleury (Cássio Gabus Mendes). Essa escolha levanta a seguinte questão: quantos filmes o cinema brasileiro ainda precisa fazer para nos lembrar que torturadores eram algozes e os torturados, suas vítimas?
Para dizimar qualquer dúvida do espectador, o longa apresenta cenas de tortura explícita. Nesses momentos, Ratton prefere deixar de lado o poder de sugestão do cinema e investir em um naturalismo sensacionalista.
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