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08/12/2000
-
05h41
CRISTIAN KLEIN, da Folha de S.Paulo
O presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Tarcísio Padilha, 72, foi reeleito ontem no Rio. Padilha recebeu 32 votos dos 38 membros da academia. Quatro votaram em branco e dois não enviaram o voto.
A diretoria da ABL, no entanto, foi toda renovada. O próximo secretário-geral, que exerce a função de vice-presidente, será o poeta Alberto da Costa e Silva, 69. A primeira-secretária será a escritora Lygia Fagundes Telles, 77, e o segundo-secretário será o romancista Carlos Heitor Cony, 74, colunista e membro do Conselho Editorial da Folha. A tesouraria ficou com o poeta Ivan Junqueira, 66.
Como é de costume, a eleição foi realizada em chapa única. Mas o poeta Antônio Olinto, 81, atual tesoureiro, quebrou a tradição de consenso, candidatando-se a secretário-geral. Sua iniciativa forçou eleição paralela para esse cargo. Olinto recebeu seis votos, número insuficiente para vencer Costa e Silva.
Após a reeleição, o filósofo Tarcísio Padilha afirmou que a prioridade no próximo mandato será a construção da nova biblioteca, com 1.300 m2, em um prédio anexo à ABL.
"A idéia é aprofundar a aproximação com o público. As confrarias que se fecham acabam perecendo", disse o presidente reeleito. Outro projeto é a elaboração de um grande dicionário etimológico. "Os que existem hoje são insuficientes, sem os regionalismos", afirma.
Com a reeleição, Padilha não poderá pleitear a presidência da ABL no próximo ano, pois só é permitido o exercício de dois mandatos consecutivos.
A posse da nova diretoria será na próxima quinta-feira. Após a cerimônia, haverá homenagem à atriz Eva Wilma, que receberá a medalha João Ribeiro, concedida a figuras de destaque na área cultural.
A ABL tem 40 cadeiras. Atualmente, duas estão desocupadas. Na próxima segunda será realizada a eleição para a cadeira de número 33, que pertencia a Afrânio Coutinho (1911-2000). Entre os cinco candidatos, os mais cotados são Evanildo Bechara e Gilberto de Mendonça Telles.
A cadeira de número 6 é do jurista Raymundo Faoro, 75, eleito no último dia 23 para a vaga que pertencia a Barbosa Lima Sobrinho (1897-2000). Faoro deve tomar posse em março de 2001.
Tarcísio Padilha é reeleito para a presidência da ABL com 32 votos
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O presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Tarcísio Padilha, 72, foi reeleito ontem no Rio. Padilha recebeu 32 votos dos 38 membros da academia. Quatro votaram em branco e dois não enviaram o voto.
A diretoria da ABL, no entanto, foi toda renovada. O próximo secretário-geral, que exerce a função de vice-presidente, será o poeta Alberto da Costa e Silva, 69. A primeira-secretária será a escritora Lygia Fagundes Telles, 77, e o segundo-secretário será o romancista Carlos Heitor Cony, 74, colunista e membro do Conselho Editorial da Folha. A tesouraria ficou com o poeta Ivan Junqueira, 66.
Como é de costume, a eleição foi realizada em chapa única. Mas o poeta Antônio Olinto, 81, atual tesoureiro, quebrou a tradição de consenso, candidatando-se a secretário-geral. Sua iniciativa forçou eleição paralela para esse cargo. Olinto recebeu seis votos, número insuficiente para vencer Costa e Silva.
Após a reeleição, o filósofo Tarcísio Padilha afirmou que a prioridade no próximo mandato será a construção da nova biblioteca, com 1.300 m2, em um prédio anexo à ABL.
"A idéia é aprofundar a aproximação com o público. As confrarias que se fecham acabam perecendo", disse o presidente reeleito. Outro projeto é a elaboração de um grande dicionário etimológico. "Os que existem hoje são insuficientes, sem os regionalismos", afirma.
Com a reeleição, Padilha não poderá pleitear a presidência da ABL no próximo ano, pois só é permitido o exercício de dois mandatos consecutivos.
A posse da nova diretoria será na próxima quinta-feira. Após a cerimônia, haverá homenagem à atriz Eva Wilma, que receberá a medalha João Ribeiro, concedida a figuras de destaque na área cultural.
A ABL tem 40 cadeiras. Atualmente, duas estão desocupadas. Na próxima segunda será realizada a eleição para a cadeira de número 33, que pertencia a Afrânio Coutinho (1911-2000). Entre os cinco candidatos, os mais cotados são Evanildo Bechara e Gilberto de Mendonça Telles.
A cadeira de número 6 é do jurista Raymundo Faoro, 75, eleito no último dia 23 para a vaga que pertencia a Barbosa Lima Sobrinho (1897-2000). Faoro deve tomar posse em março de 2001.
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