Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/12/2000 - 11h28

Grupo feminino encerra turnê com roda de choro hoje no Sesc

Publicidade

DEMETRIUS CAESAR
da Folha de S.Paulo

As Choronas, grupo de choro formado só por mulheres, encerra hoje, no Sesc Pompéia, a turnê, iniciada em março, do primeiro CD lançado por elas, "Atraente", título tirado de uma música de Chiquinha Gonzaga, que está presente no repertório.

"Chiquinha foi a primeira chorona", lembra a fundadora Ana Cláudia (cavaquinho), que toca acompanhada de Paola Picherzky (violão), Roseli Câmara (percussão) e Gabriela Machado (flauta).

O show terá a participação de Aleh Ferreira, no bandolim, Marta Ozzetti, na flauta, Rosana Bergamasso, no violão de sete cordas, e Míriam Caboa, na percussão.

O convite a amigos chorões não se encerra no show. A idéia é, no próximo trabalho -que começa a ser gravado em julho de 2001, novamente pelo selo Paulus-, reunir diversos músicos com formações diferentes para ampliar o leque musical do grupo.

Segundo Ana Cláudia, a intenção é a mesma: modernizar o choro. "Quando tocamos, pensamos em iluminação, figurino, performance no palco e tempo de apresentação. Não queremos ser aquele grupo de amigos que se juntam para tocar horas a fio sem muito compromisso", diz.

Para a cavaquinista, o choro tem relação com a memória musical. "Quando ouvimos choro, pensamos no que ouviam nossos avós. Nós, das Choronas, no entanto, queremos também trazer o ritmo para a atualidade, fazê-lo ser consumido pelos jovens".

A explicação para que o choro não tenha grande público é, para Ana Cláudia, a falta de espaço na mídia, mas, também, pelo próprio comportamento dos músicos. "São clubes muito fechados, que não se preocupam em atrair novos admiradores", conta.

Desde 1994, quando surgiram, As Choronas criaram um registro característico, entre o popular e erudito. Cavaquinho e percussão são tocados por duas integrantes de formação popular, enquanto flauta e violão são de musicistas formadas em orquestras e que tocam música clássica.

"É essa formação, muito mais que o fato de sermos mulheres, que nos torna diferentes dos outros grupos de choro", afirma.

A líder das Choronas diz que elas não foram vítimas de preconceito. "No início, as pessoas ficam ressabiadas, receosas do resultado, mas não sofremos discriminação", conta.

Show: "Atraente", com As Choronas
Onde: Choperia do Sesc Pompéia (r. Clélia, 93, Pompéia, tel.0/xx/11/3871-7700)
Quando: hoje, às 21h
Quanto: entrada franca
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página